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Seminário sobre indicadores culturais estimula políticas públicas no ABC
O I Seminário de Informações e Indicadores Culturais do Grande ABC, realizado nesta quinta-feira (14), discutiu a necessidade da coleta e utilização de dados para promover políticas públicas de cultura mais eficientes na região. O evento ocorreu no Teatro Vladimir Capela, em São Caetano do Sul, e foi organizado pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC, por meio do Grupo de Trabalho Cultura.
Na abertura do seminário, o coordenador do GT Cultura, José Haroldo de Souza, afirmou que o tema é uma das prioridades do grupo no Consórcio. “Há mais de um ano estamos debatendo sobre informações e indicadores culturais da região, com o objetivo de dar mais elementos para realizar políticas públicas nos municípios”, declarou. O coordenador ressaltou ainda a participação da sociedade civil nas reuniões do GT e a parceria com a Universidade Federal do ABC (UFABC) para a construção de um Observatório de Políticas Públicas, que pretende aperfeiçoar as informações das sete cidades.
O diretor de Programas e Projetos do Consórcio, Hamilton Lacerda, disse que o seminário mostra o compromisso da entidade regional com o Plano Plurianual Regional Participativo do Grande ABC 2014 – 2017. “O Consórcio busca soluções conjuntas para problemas comuns, pois existe uma identidade muito próxima entre as cidades da região em termos culturais e sócio-econômicos. O PPA determina a consolidação do Plano Regional de Cultura e dos indicadores regionais”, explicou.
A primeira mesa de debate abordou o tema “Mapas Culturais e o SNIIC (Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais)”. O diretor de Estudos e Monitoramento de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, Pedro Vasconcelos, afirmou que o acesso aos dados culturais é fundamental para aprimorar a gestão pública, beneficiando o cidadão. “O governo Federal e as gestões estaduais e municipais estão empenhados em qualificar a gestão da cultura, identificando quem são e onde moram as pessoas que podem ser beneficiadas pelas ações, mas também estimulá-las a produzirem cultura”, disse.
Vasconcelos apresentou ainda os principais eixos do SNIIC, que reúne informações sobre equipamentos culturais, incluindo museus, teatros, centros de documentação, cinemas e centros culturais. A iniciativa integra os bancos de dados do Ministério da Cultura e traz informações das plataformas dos Pontos de Cultura, o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas e do Cadastro Nacional de Museus. O conteúdo é alimentado por gestores públicos, mas também conta com a colaboração da sociedade. “Com o SNIIC é possível criar um calendário nacional de eventos, acervos e possibilitar a proliferação de aplicações derivadas, como aplicativos de celular e plataformas de editais e de intercâmbio”, disse.
O gestor de Cultura da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), Antonio Carlos Pedro Ferreira, afirmou que as ações de cultura precisam considerar não só o entretenimento, mas também a formação das pessoas, e defendeu ações integradas entre as cidades da região. “A universidade e a sociedade devem abranger todos os sete municípios deste território cultural do ABC. Juntos, podemos construir os temas a serem discutidos e definir as ações”, finalizou.
A mesa de debate “Indicadores Culturais: Para quê? Por quê?” contou com a presença de Cristina Lins, mestre em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENSE) e Marcos Vinicius Pó, doutor em Administração Pública e Governo pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O tema seguinte, “Informações Culturais nos municípios”, foi discutido por Álvaro Santi, coordenador do Observatório da Cultura Local de Porto Alegre; Ana Mesquita, jornalista e pesquisadora da área de políticas culturais; e por Simone Zarate, mestre em Cultura e Informação pela Universidade de São Paulo (USP).