O Grupo de Trabalho Saúde do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, em parceria com as equipes técnicas das sete prefeituras e representantes da sociedade civil promovem neste sábado (30), a partir das 9h, o ato “ABC contra oAedes”. O objetivo da ação integrada entre as cidades é orientar a população sobre como localizar e eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor também do zika vírus e da febre chikungunya.

A primeira atividade de 2016, que faz parte da Campanha Regional de Combate ao Mosquito da Dengue, envolverá equipes da Saúde e Vigilância Sanitária, Defesas Civis Municipais e Estadual, Segurança Urbana, Corpo de Bombeiros, União dos Escoteiros do Brasil/SP, lideranças comunitárias e religiosas, entre outros segmentos representativos da sociedade.

A concentração das equipes acontecerá na Rua Afonsina, no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo, no cruzamento com a Rua Ida Leone Cleto, nas proximidades da feira-livre que ocorre aos sábados no bairro. A iniciativa contará com tendas de atendimento à população com amostras das larvas e do mosquito adulto, maquetes, materiais educativos e lúdicos e personagens fantasiados. Haverá distribuição de informativos da campanha nas tendas de atendimento e ao longo do percurso de uma carreata que percorrerá as ruas próximas.

Além desta ação, já está programada outra atividade regional de impacto para a segunda quinzena de fevereiro. As equipes percorrerão casas, comércios e feiras livres da região escolhida, conscientizando a população. Em março, a ação coincidirá com o “Dia D” de combate à dengue, organizado pelo Ministério da Saúde. Para abril, também está previsto novo ato regional.

A campanha do Consórcio tem como objetivo principal ampliar a participação da população, uma vez que os focos do mosquito Aedes aegypti estão concentrados dentro das residências. Levantamento feito pela Secretaria de Saúde de Santo André, que vem sendo apontado como parâmetro para os demais municípios da região, indica que 43% dos criadouros do mosquito estão em vasos e jardins, enquanto outros 32% em materiais inservíveis, como garrafas pet e tampas de refrigerantes. Outros 13% dos criadouros estão em recipientes não removíveis, como caixas d’água; enquanto 7% se concentram em telhados e coberturas e 5% acumulados em materiais de construção.

Desde dezembro, o Consórcio tem promovido a conscientização sobre a importância do combate ao mosquito e divulgado o slogan: “Combater os focos da dengue está em suas mãos”. Grafites de artistas das sete cidades foram transformados em outdoors e busdoors; anúncios foram publicados na mídia impressa e, nas redes sociais, poststrouxeram orientações para os cidadãos.

Balanço

Dados apurados pela Sala de Situação Regional para o Combate ao Mosquito da Dengue, criada em dezembro pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC e coordenada pelo Grupo de Trabalho Saúde da entidade, mostram aumento no número de casos suspeitos da doença até a terceira semana epidemiológica, encerrada em 21 de janeiro. O balanço aponta um crescimento de aproximadamente 16% na comparação com os casos de 2015, contabilizando 495 casos suspeitos este ano, contra 426 casos no mesmo período do ano passado.

O levantamento também indica dois casos autóctones (contraídos no próprio município), em Mauá e São Caetano do Sul, mas ainda aguardando confirmação. O número é menor que o registrado entre 1º e 21 de janeiro de 2015, quando a região somou 10 casos autóctones. Os dados foram coletados com as sete cidades e repassados ao Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE7), da Secretaria de Estado da Saúde.

Instituída para acompanhamento da situação no ABC e planejamento das ações de mobilização contra o Aedes aegyptina região, a Sala de Situação Regional se reúne semanalmente sob a coordenação do GT Saúde e alimenta as decisões da Campanha do Consórcio.
 

Fonte: Dados dos municípios / Grupo de Vigilância Epidemiológica – Região do ABC (GVE 7), da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

* Dados parciais sujeitos a alterações conforme notificações dos municípios

** Município não informou dados da 2ª e 3ª semanas