A região do ABC já possui, desde dezembro, uma Sala de Situação Regional de Combate ao Aedes aegypti, medida que vem sendo sugerida pela Defesa Civil do Estado a todos os municípios paulistas, seguindo orientação do “Plano Nacional de Enfrentamento a Microcefalia” e do “Plano Estadual de Combate ao Vetor Transmissor das Doenças Causadas pelo Arbovirus”. O Subdiretor da Defesa Civil do Estado, Major Marcos de Paula Barreto, esteve nesta quinta-feira (14), na sede do Consórcio para apresentar as ações estaduais previstas e manifestou apoio à primeira atividade da Campanha Regional desenvolvida pelo Consórcio, marcada para o dia 30 de janeiro, na divisa dos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.

“É importante o envolvimento dos diversos órgãos no combate ao mosquito. Todos devem trabalhar juntos, em ações integradas”, declarou após o encontro, que contou com a presença de representantes dos Grupos de Trabalho Saúde e Defesa Civil do Consórcio, Corpo de Bombeiros e União dos Escoteiros do Brasil/SP. Reuniões ampliadas desses grupos e de outros representantes da sociedade civil organizada vem sendo realizadas na entidade para ampliar a mobilização da Campanha Regional de Combate ao Mosquito da Dengue lançada oficialmente na assembleia mensal dos prefeitos de dezembro.

“A ação do Consórcio, através de campanha publicitária e dos mutirões é muito importante. Não só para a região ABC, já que há ligação dos municípios com a capital e Região Metropolitana. O mosquito não vê fronteiras e as ações de combate são essenciais”, afirmou Homero Nepomuceno Duarte, coordenador do Grupo de Trabalho Saúde do Consórcio. A primeira ação nas divisas acontecerá no dia 30, a partir das 9h, na “tríplice fronteira”, como é chamada a área que compreende os limites entre São Bernardo do Campo (Rudge Ramos, Vila Vivaldi), Santo André (Vila Palmares, Sacadura Cabral) e São Caetano do Sul (bairro Mauá, Santa Maria).

O encontro no Consórcio foi agendado a pedido do o Secretário Estadual de Defesa Civil, Coronel PM José Roberto Rodrigues de Oliveira, que soube da mobilização da entidade para promover ações regionais de combate à dengue e manifestou interesse em apresentar as ações do Estado sobre o mesmo tema.

Por conta de graves ocorrências causadas pelas chuvas no Interior do Estado o secretário foi representado na visita ao Consórcio pelo Subdiretor estadual, Major De Paula, responsável pela apresentação do Sistema de Coordenação e Controle para intensificar o combate ao mosquito, que consiste na atuação de uma Sala Nacional, das Salas Estaduais/Distritais e das Salas Municipais, que executarão as ações. A situação do ABC demonstra avanço em relação a outras regiões, uma vez que a Sala da Situação Regional já vem reunindo técnicos das áreas de Saúde das sete cidades, que acompanham os casos suspeitos e confirmados de dengue, zika vírus e febre chikungunya, e também mantém encontros com a Saúde estadual.

“Essa é uma ação de toda a sociedade”, afirmou o Major De Paula, lembrando que dos 645 municípios do Estado, 612 se encontram infestados pelo Aedes aegypti. O Subdiretor da Defesa Civil estadual ressaltou que a coordenação das atividades será das equipes de Saúde, com participação das Defesas Civis e apoio das áreas de Segurança, o que poderá incluir Exército, PM e GCM para garantir a segurança dos agentes fiscalizadores no combate aos criadouros do mosquito. Além disso, haverá mobilização para o engajamento de todos os segmentos da sociedade, incluindo lideranças comunitárias e religiosas.

Para a coordenadora do Grupo de Trabalho Defesa Civil do Consórcio, Débora Diogo, o encontro reforça as iniciativas que já vem sendo desenvolvidas na região. “Tudo que for para prevenir e proteger a população contará com a participação das defesas civis municipais”, disse. Para o coordenador do GT Saúde, Homero Duarte, o reforço da Defesa Civil estadual é bem-vindo. “Essa campanha inicia o ano com muito entusiasmo e esforço. A região tem problemas, mas busca a integração e o Consórcio tem esse papel de unir as cidades nessas discussões, sem tirar a autonomia delas”, destacou.