.
Acessibilidade
.
.
.
.
.
O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras
.
.
.
Notícias por Categoria
Estudo preliminar aponta 28 fornecedores já em atividade na região, além de 199 empresas com potencial para atuar nesse mercado
Resultados preliminares de um estudo que avalia a competitividade do ABC no cenário de oportunidades da cadeia da Defesa, aponta 199 empresas da região com potencial para atuar nesse mercado, além das 28 que já fornecem para essa indústria. O estudo foi apresentado hoje (5), durante assembleia mensal de prefeitos do Consórcio Intermunicipal Grande ABC. “Sabemos da importância da indústria da Defesa pelos ganhos históricos em geração de conhecimento e pelo transbordo dessa tecnologia para outras áreas. Esperamos que o ABC, que na década de 1950 foi vanguarda na indústria automobilística, volte a ser referência para toda a América Latina”, resumiu o presidente do Consórcio e prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão.
Fruto de parceria entre o Consórcio, Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o levantamento apresentado na assembleia mostra a estratégia e os desafios para que a região incorpore o setor de Defesa à sua cadeia industrial, tendo como cenário a movimentação do setor a partir da escolha de São Bernardo do Campo como sede da primeira fábrica da sueca Saab, após a encomenda de caças Gripen NG pela Força Aérea Brasileira (FAB). A cadeia deverá envolver também segmentos como serviços, atendimento e manutenção à indústria de Defesa, transporte/logística de altíssimo valor agregado, entre outros.
O estudo foi entregue, em setembro, ao então ministro da Defesa, Jaques Wagner. Na ocasião o presidente da Agência de Desenvolvimento e prefeito de Mauá, Donisete Braga, esteve em Brasília para discutir o potencial do ABC na empreitada de fomentar a indústria da Defesa na região. A ideia agora é convidar o novo ministro da pasta, Aldo Rebelo, para visitar o Consórcio e conhecer as propostas regionais. Também está previsto, para os primeiros meses de 2016, um grande encontro de empresários da região visando o fortalecimento do projeto.
Para o prefeito Donisete Braga, o projeto prevê ações de curto, médio e longo prazos. “Na realidade, o foco do projeto é transformar essas 28 empresas em fornecedores globais, com capacidade para fornecer para várias partes do mundo, e também capacitar essas outras 199 para diversificar o nosso mercado, a nossa questão industrial, para que não soframos com relação aos ciclos econômicos, por exemplo da dependência da indústria automobilística”, afirmou. O prefeito ressaltou que a proposta tem “grande impacto social”.
Panorama do emprego
Durante a assembleia foi traçado também um panorama do emprego na região, a partir de dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED ABC) no biênio 2014/2015. O coordenador da pesquisa produzida pela Fundação Seade e Dieese, em parceria com o Consórcio, Alexandre Loloian, apresentou os principais indicadores. A radiografia foi analisada pelos prefeitos, que consideraram o cenário econômico preocupante, mas agravado pelo componente político.
“Há nervosismo econômico nacional, intimamente ligado ao nervosismo político. A situação é difícil, mas o mau humor é muito pior do que o mundo real”, avaliou o vice-presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho. Para o presidente da entidade regional, Gabriel Maranhão, “a perda de emprego, atrelada à perda de consumo nos coloca em um círculo vicioso, mas diante do ímpeto dos brasileiros para enfrentar os desafios, esperamos que no ano que vem tenhamos um ano melhor, com investimentos e crescimento do emprego para que possamos entrar em um círculo virtuoso para atravessar essa crise”.