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Discussões iniciadas na região, que possui forte presença dessa indústria, estimularam criação de grupo para ampliar ações por competitividade das empresas
A articulação entre empresas, trabalhadores, poder público e universidades por melhorias para o setor químico conta agora mais um importante reforço. Nesta sexta-feira, dia 18 de setembro, foi lançada na Assembleia Legislativa de São Paulo a Frente Parlamentar estadual em Defesa da Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e Plástico.
Por meio do grupo, os deputados paulistas replicarão no estado as ações estratégicas em defesa da indústria discutidas e propostas no Congresso Nacional – seguindo as diretrizes da Frente Parlamentar Mista pela Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e do Plástico Nacional, presidida pelo deputado federal Paulo Pimenta. O parlamentar prestigiou o evento nesta sexta-feira.
Resultado da intensa mobilização que nasceu no ABC Paulista, a Frente Parlamentar da Química em São Paulo terá como objetivo mediar as relações entre os diferentes segmentos, privados e públicos, para garantir mais competitividade às empresas do setor. Para isso, trabalhará para a construção de políticas públicas por melhorias para toda a cadeia produtiva.
“A articulação da Frente Parlamentar da Química em São Paulo é fundamental neste momento desafiador da economia. Não podemos ficar de braços cruzados. A iniciativa de ampliar os debates sobre o setor com o apoio parlamentar é decisiva para potencializar a importância e relevância que a indústria química representa para nossa região”, afirmou o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e prefeito de Mauá, Donisete Braga.
Durante o evento de lançamento da Frente, o executivo entregou ao deputado Luiz Turco documento em apoio à indústria química regional, no estado e em todo o país subscrito pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, ABIQUIM, Sindicato dos Químicos do ABC e COFIP ABC.
O documento será apresentado aos deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo para que também assinem e contribuam nos debates que estão sendo propostos junto ao governo federal. Entre os temas que deverão ser abordados estão o contrato de fornecimento de nafta e a manutenção de incentivos às indústrias do setor, além de ações a serem pensadas e realizadas estrategicamente em curto, médio e longo prazo.
O documento também deverá, com o apoio do Congresso Nacional, ser apresentado em mobilização pela indústria química que está sendo liderada pela Frente Parlamentar Nacional do setor, programada para o dia 29 de setembro.
A Frente Parlamentar da Química em São Paulo será coordenada pelo deputado estadual Luiz Turco. A vice coordenação será do parlamentar Edson Giriboni.
“Entre os temas prioritários, considerados urgentes para a recuperação e o desenvolvimento da indústria química no estado de São Paulo, estão oferta de matéria-prima competitiva, como nafta, gás natural e etanol, energia disponível a custos aceitáveis, segurança jurídica pautada por contratos de longo prazo, programas de incentivo à pesquisa e à inovação, otimização logística, infraestrutura adequada e qualificação de mão de obra técnica”, afirmou o deputado estadual Luiz Turco.
O grupo terá representatividade em três diferentes frentes: setor Químico, que será liderada pelo deputado Mauro Bragato; setor Petroquímico, liderada pelo deputado Davi Zaia; e setor Plástico, sob o comando do deputado Luiz Fernando.
Após o lançamento da Frente Parlamentar da Química no estado, o deputado estadual Luiz Turco e o deputado federal Paulo Pimenta cumpriram agenda de visitas técnicas no Grande ABC ao Polo Petroquímico e ao Sindicato dos Químicos do ABC.
O prefeito de Santo André, Carlos Grana, o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Raimundo Suzart,o presidente da ABIQUIM, Fernando Figueiredo, o engenheiro da subsecretaria de Petróleo e Gás do Estado de São Paulo, Ricardo Cantarini, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química de São Paulo, Osvaldo da Silva Bezerra, bem como o deputado federal Paulo Pimenta, os deputados que compõe a Frente Parlamentar da Química em São Paulo, o prefeito Donisete Braga, além do Diretor de Programas e Projetos do Consórcio, Hamilton Lacerda, participaram do evento.
Sobre a indústria química no ABC:
Para se ter uma dimensão do setor químico para a economia nacional e da região do Grande ABC, de acordo com estudo sobre essa indústria realizado pela consultoria MaxiQuim, em 2013 o faturamento líquido das empresas foi de R$ 361,7 bilhões. No ABC, o setor faturou R$ 49,5 bilhões, tendo valor adicionado fiscal que varia entre 20% a 30% - que atingiu R$ 10,2 bilhões em 2011.
As empresas presentes na região representam 13,7% da indústria química nacional. Em 2013, o setor químico empregava na região cerca de 50 mil trabalhadores. Até 2012, o Grande ABC contava com a presença de 1.330 empresas da indústria química, sendo 91,8% de micro e pequeno porte. Do total, 63% das empresas eram do segmento de transformação de plástico e borrachas, 21% de produtos químicos de uso industrial; e 16% de produtos químicos de uso final.
As principais lideranças locais do ABC trabalham por meio do Grupo de Trabalho (GT) Químico pelo fortalecimento do Polo Petroquímico e toda a cadeia produtiva do setor. Uma das questões já debatidas regionalmente pelo GT Químico do está relacionada à questões tributárias e a necessidade de tornar o setor mais competitivo em relação a outros estados brasileiros, a exemplo do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia.
Além de debater questões tributárias, o GT Químico – formado por empresas (como as do COFIP ABC e do APL do Plástico do ABC), sindicalistas (Sindicato dos Químicos do ABC), acadêmicos e gestores públicos, entre os quais o Consórcio Intermunicipal Grande ABC - também discute alternativas para a redução de custos das principais matérias primas para o setor (energia elétrica, gás, nafta petroquímica e resinas) e demandas das empresas por mão de obra qualificada. O Grupo é coordenado pela Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e pelo Sindicato dos Químicos da região.
(Com informações da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC)