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Consórcio capacita 32 servidores do ABC para atuação em casos de violência contra as mulheres
O Consórcio Intermunicipal Grande ABC realiza ato de formatura dos participantes do curso ‘’Gênero e Masculinidades’’, nesta quarta-feira (1º), às 10h, na sede da entidade (Av. Ramiro Colleoni, 5, Centro, Santo André). De acordo com dados do Mapa da Violência de 2012, o Brasil conta com uma taxa de 4,4 mortes para cada 100 mil mulheres, ocupando a 7ª colocação entre 84 países. O mapa atestou, ainda, que 68,8% dos casos de feminicídio (assassinato de mulheres com violência extrema) aconteceram dentro de casa. Foi com base nestes dados alarmantes que o Grupo de Trabalho Gênero do Consórcio promoveu o curso ‘’Gênero e Masculinidades’’, destinado, exclusivamente, aos homens com atuação no setor público das sete cidades, numa iniciativa pioneira na região. O programa capacitou 32 servidores do ABC.
A iniciativa, lançada em fevereiro, precedeu a aprovação da lei 13.104/15, a Lei do Feminicídio - projeto que tipifica o feminicídio como crime hediondo - em 9 de março. Por meio do curso, o GT buscou disponibilizar ferramentas aos servidores públicos para que possam desconstruir o ódio contido no discurso machista e no preconceito relativo às mulheres, permitindo, assim, que eles conduzam Grupos Reflexivos de Homens como multiplicadores e facilitadores na prevenção e modificação de comportamentos violentos, em especial, contra as mulheres.
Ao longo dos 18 encontros do curso, diversas dinâmicas de reflexão foram aplicadas aos participantes tendo em vista sensibilizá-los sobre a necessidade de superar certos preconceitos e estereótipos que se mostraram resistentes ao longo de gerações, e, consequentemente, uni-los no dever de disseminar uma cultura contrária à violência doméstica.
As aulas foram mediadas pelo psicólogo e sociólogo, Flávio Urra, Mestre em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Cada encontro abordou temas específicos. Os participantes puderam conhecer a origem do comportamento agressivo do indivíduo pela ‘’Constituição do Patriarcado’’, e passaram a ter um olhar crítico quanto a Construção Sócio-histórica da Masculinidade, entre outras temáticas.