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Conteúdo debatido durante os encontros irá compor Cartilha Regional de Enfrentamento ao Racismo
Resiliência é definida por diferentes áreas do conhecimento como a capacidade de voltar ao estado natural. Na noite desta quinta-feira (21), o termo foi utilizado pela professora de Filosofia Lucila Laura Pinheiro Lopes para explicar a resistência e a força dos escravos brasileiros diante das adversidades históricas na luta por sua liberdade. O assunto foi abordado na palestra “Escravismo e Resiliência”, realizada pelo Grupo de Trabalho Igualdade Racial, do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, com apoio do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo – Subsede Grande ABC.
Este foi o primeiro de série de seis encontros que promoverão a reflexão sobre temas relacionados à história e a cultura dos negros no país. As conclusões dos debates realizados em cada palestra serão utilizadas futuramente como subsídio para a formulação e estruturação da Cartilha Regional de Enfrentamento ao Racismo.
“O Consórcio Intermunicipal Grande ABC apoia a realização de atividades setoriais e sociais como esta. Todos os que participam desses encontros estão inovando, pois antes mesmo do produto final, que é a Cartilha Regional de Enfrentamento ao Racismo, estão promovendo importantes debates. Sei que construiremos em conjunto conteúdo interessante para a construção de ações estratégicas de combate ao preconceito racial. As políticas afirmativas, quando implantadas regionalmente, atingem maior nível de eficiência e eficácia”, declarou o diretor de programas e projetos do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Hamilton Lacerda.
Na avaliação de Lucila Laura, a iniciativa dos debates e da elaboração de Cartilha Regional com apoio do Consórcio Intermunicipal é fundamental. “Não é mais uma cidade que está fazendo esse movimento, mas se volta numa junção de cidades que vai dar uma repercussão no Estado como um todo”, opinou a professora, que considera que o Grande ABC, como parte da Região metropolitana de São Paulo, participa de movimentos políticos e sociais que provocam a mudança de pensamento. “Aqui continua, então, um movimento de desejo e ação para mudanças”, observou.
Ao término dos seminários, em outubro, os membros do GT irão produzir a cartilha regional com síntese de todos os temas abordados ao longo do processo. A cartilha deverá ser lançada em março do ano que vem e a sua elaboração é uma das ações prioritárias contidas no Plano Plurianual (PPA) Regional 2014-2017 do Consórcio.
“O nosso objetivo é promover a reflexão sobre a questão da desigualdade racial. A Cartilha será documento construído por várias mãos e que vai ser muito usado pelas atuais e futuras gerações”, disse o Coordenador do GT Igualdade Racial e assessor de Igualdade Racial da Secretaria de Direitos Humanos e Cultura de Paz de Santo André, Wellington da Silva Bento.
Serão abordados ao longo dos seminários os temas: “Raça e Racismo”; “Mulher negra, identidade, ancestralidade e religiosidade do negro”; “Protagonismo do negro”; “Juventude negra e Cultura”; e “Movimentos sociais, leis e políticas afirmativas”. Os seminários acontecerão na penúltima quinta-feira de cada mês.
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