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Coordenador do GT Desenvolvimento Econômico divulga carta a empresários sobre escolha de caças suecos
O coordenador do Grupo de Trabalho Desenvolvimento Econômico do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Jefferson José da Conceição, divulgou hoje (19), documento dirigido a empresários da região ressaltando a importância da escolha dos caças supersônicos suecos para equipar a Força Aérea Brasileira (FAB), anunciada nesta quarta-feira pelo governo federal. Na opinião do coordenador, que é também Secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo, a decisão abre oportunidades para empresas, trabalhadores e universidades do ABC.
Em 2010, o coordenador do GT participou de delegação, chefiada pelo presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, que visitou a Suécia para conhecer o processo de produção do modelo de caça Gripen, da empresa Saab. Após a viagem, o prefeito Marinho passou a defender a escolha dos supersônicos suecos, que têm previsão de desenvolvimento e produção de peças no ABCD.
Abaixo, a íntegra do documento divulgado pelo coordenador do GT Desenvolvimento Econômico, Jefferson José da Conceição:
Caças Supersônicos e Região do ABC
“Temos a satisfação de compartilhar com os empresários a informação da escolha do modelo Gripen, da empresa sueca Saab, para reequipar a Força Aérea Brasileira. Esta notícia abre enormes oportunidades para nossa região se inserir com maior intensidade na Base Industrial de Defesa.
Em março de 2010, o Prefeito chefiou delegação em visita à Suécia, da qual fiz parte. O objetivo era iniciar conversações para inserir o ABC na fabricação e desenvolvimento do Gripen. O Prefeito sempre realçou que a escolha cabia à Presidência da República e às Forças Armadas, mas que esperava contribuir com suas impressões sobre a proposta sueca. E que seu papel era apresentar nossa Região como maior polo industrial da América Latina.
O Prefeito voou no Gripen e conheceu seu processo de produção.
A imprensa divulgou que os custos por ano de vida útil do Gripen eram inferiores aos dos concorrentes. O Prefeito enfatizou que isto era importante, mas que a escolha levaria em conta vários fatores, inclusive geopolíticos, de transferência de tecnologia e de desenvolvimento de fornecedores.
Pela proposta, metade da aeronave seria produzida no Brasil e metade na Suécia. O Brasil produziria até 80% da estrutura mecânica e 40% da engenharia de projetos.
Todos estamos cientes de que o desenvolvimento de equipamentos para a área de defesa gera conhecimentos de utilidade muito além da área militar. Instrumentos da aviação civil, da infraestrutura e até utensílios domésticos derivam de tecnologias militares. Por isto, a delegação também visitou o Parque Tecnológico da Universidade de Linköping, cidade sede da empresa Saab. Ali, pesquisa básica e aplicada transforma-se em inovações e empreendedorismo de pequenas empresas, que, por sua vez, se inserem nos projetos do governo e da própria Saab. São Bernardo constitui no momento seu Parque Tecnológico, que tem a Defesa como um de seus eixos estratégicos, do qual o CISB – constituído pela empresa Saab em São Bernardo – é um dos sócios fundadores.
O projeto Gripen, ainda em sua fase de discussão, estabelecia que seriam necessários 2.090 empregos por ano na fase do desenvolvimento; 2.770, na fabricação e 1.000, na montagem. Números que podem ser multiplicados, quando se considera também o impacto indireto. A maioria dos empregos terá elevada capacitação.
Na viagem de 2010, o Prefeito Marinho foi convidado para uma audiência com o Rei Carl Gustaf e a rainha Silvia. A Suécia enxerga o Brasil como uma potência em ascensão, com facilidade de penetração em mercados estratégicos.
Registrem-se ainda outras ações importantes realizadas sob o comando do Prefeito, como os workshops organizados pela Prefeitura, juntamente com a Saab, em 2010 e 2011, bem como a inauguração, em São Bernardo, do Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB) em maio de 2011. Por meio do CISB, a região também se integrou ativamente ao Programa Ciência Sem Fronteiras, com o envio de estudantes para universidades europeias, inclusive suecas.
A constituição, em 2013, do Arranjo Produtivo Local de Defesa (APL) do Grande ABC, coordenado pela Prefeitura - único APL de Defesa no País - dá maior densidade às ações da gestão pública. A parceria público-privada, com a participação de cerca de 50 empresas da região, sindicatos, universidades, entre outros atores fundamentais, propicia a união de esforços em prol de um adensamento da cadeia produtiva de Defesa na região.
Por todas as razões acima, aproveitamos a ocasião para congratular o APL de Defesa do Grande ABC pelo resultado extremamente favorável do processo de escolha dos caças para a Força Aérea Brasileira. O Brasil e a Região do ABC têm muito a comemorar e, daqui por diante, muito mais a fazer.
Por oportuno, convidamos a todos os empresários interessados a se integrar ao Arranjo Produtivo Local (APL) de Defesa do Grande ABC. Consultem nossa agenda de reuniões em 2014 no site do APL: www.industriadefesaabc.com.br .”