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Obras - Quinta-feira, 19 de Dezembro de 2013

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Taxa de desemprego no ABC tem quarto mês de queda

Economista do Dieese prevê um 2014 melhor para a economia


Taxa de desemprego no ABC tem quarto mês de queda

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED ABC), realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, apontou uma queda na taxa de desemprego total na Região do ABC pelo quarto mês consecutivo. A taxa recuou de 9,1%, em outubro, para os atuais 8,7%. A apresentação aconteceu nesta quinta-feira (19), na sede da entidade.

“Depois de um primeiro semestre não muito positivo, revertemos a taxa de desemprego que esteve presente no ABC até julho, caindo de 12,1% naquele mês, para 8,7% em novembro”, analisou o economista do Dieese, Thomaz Ferreira Jensen, durante a divulgação. Segundo o técnico, a conjuntura atual que tem registrado taxas de crescimento importantes na economia fez com que o nível de ocupação se elevasse, provocando a expressiva redução da taxa de desemprego.

Para 2014, o economista prevê um cenário melhor do que o deste ano. “O ano de 2014 será bastante atípico. Teremos o Carnaval um pouco mais tarde e eleições gerais em outubro, fazendo com que as administrações públicas acelerem suas ações por conta das limitações da lei eleitoral. Por outro lado, a Copa do Mundo deve beneficiar o comércio e contará com muitas obras de infraestrutura. A nossa expectativa é que a economia brasileira tenha um desempenho melhor, podendo chegar à taxa de crescimento de 2,5%. Isso também pode gerar impacto positivo na taxa de desemprego, que deve apresentar redução”, previu.

No balanço da PED, o coordenador do GT Trabalho, Renda e Economia Solidária do Consórcio, Nilson Tadashi Oda, lembrou a importância de manter o Grande ABC como única área destacada de uma região metropolitana a contar com uma pesquisa domiciliar específica como a PED (a pesquisa é feita  nas regiões metropolitanas de São Paulo, Distrito Federal, Fortaleza, Salvador, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte).

“A pesquisa respalda a forma como as sete prefeituras definem as políticas públicas da região”, disse Tadashi. O coordenador do Grupo de Trabalho ressaltou que por mais que analistas falem em queda do PIB do ABC e desindustrialização, “a região se mantém ativa e pujante”, como confirmam os dados divulgados através da parceria da Fundação Seade/Dieese com o Consórcio.

Seis mil desempregados a menos

O contingente de desempregados na região foi estimado em 122 mil pessoas em novembro, 6 mil a menos do que no mês anterior. Esse resultado decorreu da relativa estabilidade do nível de ocupação (geração de 2 mil postos de trabalho, ou 0,2%) e da força de trabalho da região (menos 4 mil pessoas, ou -  0,3%). A taxa de participação passou de 62,3% para 62,1%, no período analisado.

Entre outubro e novembro, a taxa de desemprego total diminuiu no município de São Paulo (de 9,3% para 8,9%), permaneceu relativamente estável na RMSP (de 9,6% para 9,4%) e não variou nos demais municípios da RMSP, exceto a capital (10,0%).

Na Região do ABC, o nível de ocupação permaneceu em relativa estabilidade (0,2%) e o contingente de ocupados foi estimado em 1.286 mil pessoas. Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, o nível de ocupação elevou-se nos Serviços (1,8%, ou criação de 11 mil postos de trabalho) e na Indústria de Transformação (1,4%, ou 5 mil) e reduziu-se no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (-4,5%, ou eliminação de 10 mil postos de trabalho).

Segundo posição na ocupação, o número de assalariados cresceu 1,0%. No setor privado, aumentou o emprego sem carteira de trabalho assinada (3,0%) e manteve-se relativamente estável o com carteira (0,1%). No mês em análise, o contingente de autônomos diminuiu 0,6%.

Em novembro, pelo quarto mês consecutivo, permaneceu estável a média de horas semanais trabalhadas pelos ocupados (42) e assalariados (43). Reduziram-se a proporção dos ocupados que trabalharam mais do que 44 horas semanais (de 32,4% para 30,7%) e a dos assalariados (de 29,9% para 27,4%).

Entre setembro e outubro, cresceram os rendimentos médios reais de ocupados (4,4%) e assalariados (2,9%), os quais passaram a equivaler a R$ 2.073 e R$ 2.067, respectivamente. Também se elevaram as massas de rendimentos de ocupados (6,1%) e assalariados (7,1%), em ambos os casos, em decorrência de aumentos do rendimento médio e do nível de ocupação.

Comportamento em 12 meses

Em novembro de 2013, a taxa de desemprego total na Região do ABC (8,7%) foi menor do que a observada no mesmo mês de 2012 (9,6%). Nesse período, a taxa de desemprego aberto passou de 7,3% para 7,1%.

Em termos absolutos, o contingente de desempregados reduziu-se em 12 mil pessoas, resultado da criação de 28 mil postos de trabalho, número superior ao de pessoas que ingressaram na força de trabalho da região (16 mil). A taxa de participação variou de 61,8% para 62,1%, no período analisado.

Entre novembro de 2012 e de 2013, o nível de ocupação cresceu 2,2%, melhor desempenho dos últimos seis meses, nessa base de comparação. Sob a ótica setorial, tal resultado decorreu dos aumentos na Indústria de Transformação (11,9%, ou geração de 38 mil postos de trabalho) e no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (4,5%, ou 9 mil) e da redução nos Serviços (-1,4%, ou eliminação de 9 mil postos de trabalho).

O assalariamento total cresceu 6,2% na comparação dos últimos 12 meses. No setor privado, elevou-se o número de empregados com carteira de trabalho assinada (8,8%) e permaneceu estável o daqueles sem carteira. No período em análise, diminuiu o número de trabalhadores autônomos (-1,1%).

Entre outubro de 2012 e de 2013, aumentou o rendimento médio real dos ocupados (1,3%) e diminuiu ligeiramente o dos assalariados (-0,6%). Elevaram-se as massas de rendimentos reais de ocupados (2,0%) e assalariados (3,7%), no primeiro caso, em decorrência, principalmente, do crescimento dos rendimentos médios reais e, para os assalariados, em função do aumento do nível de emprego.

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