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Administração - Quarta-feira, 27 de Novembro de 2013

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Taxa de desemprego no ABC cai pelo terceiro mês consecutivo

Indústria de Transformação e Serviços foram os setores que mais criaram postos de trabalho


Taxa de desemprego no ABC cai pelo terceiro mês consecutivo

A taxa de desemprego total na região caiu pelo terceiro mês consecutivo, passando de 10,5%, em setembro, para 9,1% em outubro. Os números foram divulgados hoje (27), durante a apresentação da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED ABC), realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC. “É uma redução importante, embora não seja inédita nessa época do ano. O que mais colaborou para esse resultado foi o crescimento do nível de ocupação, com a criação de 19 mil vagas, além da estabilidade da força de trabalho, uma vez que não houve aumento do número de pessoas procurando emprego (-1 mil pessoas)”, avaliou o técnico da Fundação Seade, Alexandre Loloian.

O contingente de desempregados na região foi estimado em 128 mil pessoas, 20 mil a menos do que no mês anterior. Entre setembro e outubro, a taxa de desemprego total diminuiu em toda a Região Metropolitana de São Paulo (de 10,0% para 9,6%) e nos demais municípios da RMSP, exceto a capital (de 10,7% para 10,0%), embora tenha variado pouco no município de São Paulo (de 9,5% para 9,3%). “Daqui até o final do ano nossa expectativa é de que o nível de ocupação se eleve e a taxa de desemprego continue a se reduzir”, disse o técnico da Fundação Seade.

Na Região, o nível de ocupação aumentou 1,5% e o contingente de ocupados foi estimado em 1,284 milhão de pessoas .Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, o nível de ocupação elevou-se na Indústria de Transformação (6,0%, ou criação de 20 mil postos de trabalho), com destaque para a metal-mecânica (6,0%, ou 10 mil) e nos Serviços (2,0%, ou 12 mil) e reduziu-se no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (-4,3%, ou menos 10 mil postos de trabalho). “O setor de serviços vinha tendo reduções expressivas e agora cresceu pelo segundo mês consecutivo”, lembrou Loloian.

Segundo posição na ocupação, o número de assalariados cresceu 4,0%. No setor privado, aumentou o emprego com carteira de trabalho assinada (5,0%) e permaneceu estável o sem carteira. No mês em análise, o contingente de autônomos diminuiu 5,3%.

Em relação ao mês anterior, permaneceu estável a média de horas semanais trabalhadas pelos ocupados (42) e assalariados (43) e reduziu-se ligeiramente a proporção dos que trabalharam mais do que 44 horas semanais para os ocupados (de 33,4% para 32,4%) e os assalariados (de 31,6% para 29,9%).

Entre agosto e setembro, cresceram os rendimentos médios reais de ocupados (3,5%) e assalariados (1,9%), os quais passaram a equivaler a R$ 1.973 e R$ 1.995, respectivamente. Também se elevaram as massas de rendimentos de ocupados (6,7%) e assalariados (4,9%), em ambos os casos, em decorrência de aumentos do rendimento médio real e do nível de ocupação.

Comportamento em 12 meses

Em outubro de 2013, a taxa de desemprego total na Região do ABC (9,1%) foi menor do que a observada no mesmo mês de 2012 (9,5%). Nesse período, a taxa de desemprego aberto passou de 7,4% para 7,5%.

Em termos absolutos, o contingente de desempregados reduziu-se em 6 mil pessoas, resultado da relativa estabilidade do nível de ocupação (mais 4 mil postos de trabalho, ou 0,3%) e da força de trabalho da região (2 mil pessoas a menos, ou -0,1%). A taxa de participação diminuiu de 62,8% para 62,3%, no período analisado.

Entre outubro de 2012 e de 2013, o nível de ocupação pouco variou (0,3%), mesmo desempenho do mês anterior, nessa base de comparação. Sob a ótica setorial, tal resultado decorreu dos aumentos na Indústria de Transformação (8,7%, ou geração de 28 mil postos de trabalho) e no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (11,7%, ou 23 mil), que compensaram a retração nos Serviços (-6,7%, ou eliminação de 45 mil postos de trabalho).

O assalariamento total ampliou-se 3,8% na comparação dos últimos 12 meses. No setor privado, elevou-se o número de empregados com carteira de trabalho assinada (8,2%) e retraiu-se o daqueles sem carteira (-9,9%). No período em análise, diminuiu o número de trabalhadores autônomos (-2,7%).

Entre setembro de 2012 e de 2013, reduziram-se os rendimentos médios reais de ocupados (-1,8%) e assalariados (-3,0%). Também diminuíram as massas de rendimentos reais de ocupados (-1,4%) e assalariados (-2,7%), em ambos os casos, em decorrência, principalmente, de reduções dos rendimentos médios reais, uma vez que os níveis de ocupação permaneceram relativamente estáveis.

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