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Obras - Segunda-feira, 04 de Novembro de 2013

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Consórcio identifica 524 moradias em áreas críticas de risco no ABC

Prefeitos querem reunião de emergência com o Governo do Estado para discutir parceria visando a remoção preventiva dos moradores


Consórcio identifica 524 moradias em áreas críticas de risco no ABC

Das aproximadamente 2.500 famílias instaladas em áreas de risco alto e muito alto (R3 e R4) no ABC, pelo menos 524 ocupam moradias em pontos críticos e precisarão ser removidas antes do próximo período de chuvas. Os números foram apresentados pelo Grupo Temático Gestão de Riscos, durante assembleia mensal do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, realizada hoje (4), na sede da entidade. Reunidos, os prefeitos da região decidiram solicitar uma reunião de emergência com representantes da Defesa Civil e Secretaria de Habitação estadual, visando estabelecer parceria para a remoção preventiva dessas famílias e a obtenção de recursos para auxílio moradia e construção de unidades habitacionais destinadas a receber esses moradores.

Das 524 unidades em situação crítica, 220 estão localizadas em Santo André, 18 em São Bernardo do Campo, 40 em Diadema, 63 em Mauá, 37 em Ribeirão Pires e 146 em Rio Grande da Serra. “A solicitação para a remoção prévia está na lista de demandas que apresentamos para o governador Geraldo Alckmin (em 24 de outubro). O ideal seria remover essas 2.500 unidades, para garantir que não haja uma tragédia. Mas aguardamos uma resposta do governo do Estado para solucionar a situação de grave risco”, disse o presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho.

A retirada das famílias das áreas de risco já havia sido tema de encontro de prefeitos da região com o secretário estadual de Habitação, Silvio Torres, durante sua visita ao município de Diadema, em 19 de setembro. Na ocasião, o secretário se comprometeu a pautar o assunto com o governador.

Os números até agora levantados pelo Grupo Temático apontam 2.288 moradias em R4 (risco alto) ou R3 não consolidável, que são as unidades de risco alto que podem evoluir para risco muito alto. A estimativa de 2.500 unidades, no entanto, leva em conta que os números ainda estão sendo consolidados com o trabalho do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), contratado pelo Consórcio para elaborar os Planos Municipais de Redução de Riscos (PMRR) de Santo André, São Caetano do Sul, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. A previsão é de conclusão dos Planos no início de 2014.

Para o aluguel social, o pleito do Consórcio junto ao governo do Estado atinge aproximadamente R$ 10,5 milhões/ano, por um período estimado de três anos, enquanto as novas moradias são construídas. Já para a construção de aproximadamente 1.900 unidades destinadas às famílias que ainda não estão contempladas em projetos habitacionais, o recurso chega a R$ 181 milhões.

Piscinões

O presidente do Consórcio, Luiz Marinho, disse também aguardar agenda com o governador Geraldo Alckmin para tratar da questão que envolve a limpeza dos reservatórios para controle das cheias, popularmente conhecidos como “piscinões”, outro tema que preocupa a região em razão da proximidade das chuvas de verão. “O governador garantiu que estará tudo limpo até o início do ano, mas esperamos que isso aconteça em novembro”, disse o prefeito.

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