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Educação - Quarta-feira, 23 de Outubro de 2013

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Consórcio estudará projeto para integrar ações municipais do Plano Juventude Viva

Debate com Fernanda Papa, Coordenadora Nacional da proposta, reuniu Grupos de Trabalho Políticas de Juventude e Igualdade Racial


Consórcio estudará projeto para integrar ações municipais do Plano Juventude Viva

Dos 27 mil jovens de 15 a 29 anos mortos por ano vítimas de homicídios no Brasil, 76,6% são negros e 91,3% do sexo masculino. “É como se dois aviões cheios de jovens caíssem todos os dias e os mortos em sua maioria fossem pretos e pardos”, lamentou Fernanda Papa, Coordenadora Nacional do Plano Juventude Viva pela Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), durante encontro com os Grupos de Trabalho Políticas de Juventude e Igualdade Racial, ocorrido hoje (23), na sede do Consórcio Intermunicipal Grande ABC. A entidade regional iniciará estudos para integrar ações dos municípios dentro da proposta federal.

Fruto de articulação interministerial para o enfrentamento da violência contra a juventude brasileira, especialmente a que atinge os jovens negros, o Plano Juventude Viva tem como meta reduzir esses índices alarmantes. Além de ações voltadas para o fortalecimento da trajetória dos jovens e transformação dos territórios, o Plano busca promover os valores da igualdade e da não discriminação, o enfrentamento ao racismo e ao preconceito geracional.

No ABC, a cidade de Diadema teve sua adesão ao Juventude Viva priorizada, em razão de estar entre os 142 municípios brasileiros que em 2010 concentravam 70% dos homicídios contra jovens negros. Outros dois municípios da região, Santo André e São Bernardo do Campo, já estão em processo de adesão voluntária ao Plano.

Para o coordenador do GT Políticas de Juventude, Rodrigo Luppi, o debate inicial veio reforçar a necessidade de adesão municipal, abrindo caminho para uma possível forma inédita de adesão regional. “Este foi o primeiro passo. O Consórcio vem prestigiando essa pauta e cabe agora a cada município fazer sua lição de casa”, analisou Luppi.

O coordenador do GT Igualdade Racial, Leon Padial, também apontou para adesão municipal ao Plano como ponto de partida para avançar na proposta. “Ao mesmo tempo iniciaremos o diálogo com outros atores envolvidos com a questão, como os GTs Segurança Pública, Educação e Direitos Humanos”, afirmou.

Luis Paulo Bresciani, Secretário Executivo do Consórcio, lembrou que a “questão da cooperação com a Secretaria Nacional da Juventude dentro do Juventude Viva segue a lógica das ações desenvolvidas pela entidade no âmbito regional”. O secretário executivo ressaltou, ainda, que as recentes discussões do Plano Plurianual Regional Participativo apontaram para uma ação estratégica das Políticas de Juventude na região entre as diretrizes que serão agora analisadas e aprovadas em assembleia dos prefeitos.

Para Fernanda Papa, o Consórcio representa uma região do País que inspira outras regiões e que já se tornou modelo em soluções inovadoras, como no caso do premiado Programa Casa Abrigo Regional, voltado ao enfrentamento da violência contra a mulher. “Embora na arquitetura do Plano Juventude Viva não esteja prevista a adesão regional, olhar a questão com óculos metropolitano e fazer algo consorciadamente é um formato inteligente. O Consórcio tem grandes condições de captar recursos para projetos coletivos”, avaliou.

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Consórcio Intermunicipal de Grande ABC - SP.
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