Implementar iniciativas que favoreçam a fixação, valorização e a qualificação das equipes médicas, reconhecendo a importância do profissional para o sistema regional de Saúde. A diretriz foi apresentada pelo Grupo de Trabalho Saúde do Consórcio Intermunicipal Grande ABC e aprovada durante a assembleia mensal de prefeitos realizada hoje (1º/07), na sede da entidade. Um conjunto de propostas elaborado pelo GT deverá compor a pactuação entre as secretarias municipais da área.

A ideia é organizar um processo permanente, sistemático e integrado de planejamento, gestão e controle do trabalho médico regional. Entre os compromissos, foi acordado pelos chefes do Executivo, um pacto de respeito aos vínculos existentes, evitando a concorrência predatória entre as prefeituras. Um levantamento está sendo produzido para o estabelecimento de valores de remuneração do trabalho médico numa faixa média regional, definindo também percentuais e períodos de reajuste.

“O GT está discutindo valores e vamos adotar uma padronização no ABC, claro que de acordo com o orçamento de cada cidade, mas de forma a não ficar algo  tão discrepante”, disse o vice-presidente do Consórcio e prefeito de Diadema Lauro Michels, representando o presidente da entidade e prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, que assumira compromissos logo após o encontro.

Os prefeitos da região e o GT Saúde discutiram e se manifestaram favoravelmente às iniciativas recentemente propostas pelo Ministério da Saúde para enfrentamento da questão da falta de médicos em todo o País. Entre as medidas apoiadas estão a criação e o aumento de vagas e cursos de Medicina, inclusive no ABC, o aumento de vagas de residência médica e o apoio à proposta de trazer médicos estrangeiros para atuar em regiões onde haja dificuldade de fixação de profissionais, até que as ações tomadas surtam efeito.

Redução de Riscos

Até o final de novembro deverão estar concluídos os relatórios finais dos Planos Municipais de Redução de Riscos contratados pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC para os municípios de Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires e Santo André, além do diagnóstico de áreas vulneráveis a enchentes em São Caetano do Sul. O andamento dos trabalhos foi apresentado hoje, durante o encontro mensal de prefeitos, pela geógrafa Kátia Canil, representante do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT-USP), contratado pelo Consórcio para a elaboração dos Planos, com investimento de R$ 680 mil.

“A proposta é de parceria e envolvimento dos técnicos municipais que darão continuidade ao trabalho depois da conclusão do estudo”, disse Kátia Canil. Os Planos prevêem audiências públicas nos municípios envolvidos, formação das equipes, mapeamento das áreas com alto risco de ocorrências de deslizamento ou enchentes (no caso de São Caetano), apontando as intervenções necessárias, seu custo e possíveis fontes de financiamento, para auxiliar as prefeituras na concretização das medidas preventivas. Com o levantamento será possível avançar em direção à construção de um Plano Regional de Redução de Riscos.