Pela segunda vez em quinze dias, os municípios do ABC decidem reduzir as tarifas de ônibus na região. Reunião dos prefeitos das sete cidades que compõem o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, ocorrida na tarde de hoje (20), definiu o valor das novas tarifas, a partir de 1º de julho. O preço da passagem passará de R$ 3,20 para R$ 3,00 em Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires. Em Rio Grande da Serra, onde a tarifa atual é de R$ 3,00, o valor baixará para R$ 2,90.

“O Consórcio liderou esse processo. Fomos os primeiros no Estado a reduzir as tarifas, levando outras cidades a fazer o mesmo”, lembrou o presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho. No dia 5 de junho, uma reunião extraordinária dos prefeitos já havia anunciado a redução da tarifa, a partir de 15 de junho, de R$ 3,30 para R$ 3,20 em cinco municípios (Santo André, São Bernardo, São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires), enquanto Diadema e Rio Grande mantiveram na ocasião os valores já praticados, de R$ 3,20 e R$ 3,00, respectivamente. A decisão foi reflexo da Medida Provisória 617/13, publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 31 de maio, que baixou a zero as alíquotas de PIS/COFINS para as empresas de transporte coletivo.

No encontro de hoje, ocorrido no Paço de São Bernardo do Campo, todos os prefeitos decidiram responder às expectativas dos movimentos populares que vêm se manifestando nas ruas de todo o país, assumindo os custos da redução tarifária. Agora, cada prefeitura vai analisar os cortes de investimentos para cobrir esse subsídio. “A redução para R$ 3,00 na Capital nos coloca na obrigação de acompanhar esse valor, mas isso significa que as cidades terão que fazer sacrifícios adicionais”, afirmou o prefeito Luiz Marinho. Decretos municipais oficializando a decisão serão publicados na próxima semana.

O presidente do Consórcio adiantou, ainda, que a entidade vai buscar discutir o aumento do subsídio do Estado e União ao transporte público. “Vamos prosseguir o diálogo dos prefeitos com os governos estadual e federal”, disse Marinho.