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Obras - Terça-feira, 28 de Maio de 2013

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Planejamento urbano e regional é meta para a Gestão de Riscos Urbanos

Oficina técnica promovida pelo Consórcio reuniu especialistas, representantes das sete cidades e dos governos federal e estadual


Planejamento urbano e regional é meta para a Gestão de Riscos Urbanos

“É preciso inserir o tema Risco no planejamento das cidades, do Estado e do País”, resumiu o presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC e prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, ao abrir a Oficina Técnica Desafios da Gestão de Riscos Urbanos no Grande ABC, realizada na manhã de hoje (28), no Teatro Lauro Gomes, em São Bernardo. O evento debateu formas de incorporar nas políticas urbanas medidas continuadas de intervenção que resultem na redução de riscos. Para Marinho, dos debates desenvolvidos sairão ideias “para uma adequada política de gestão de riscos de caráter regional, com a qual se comprometam as três esferas de governo e que conte com as parcerias das universidades e órgãos técnicos”.

O encontro contou com apoio do Ministério das Cidades e Universidade Federal do ABC (UFABC), e patrocínio da Caixa Econômica Federal. Como desdobramento das discussões, foi criada uma Comissão Temática para aprofundar o tema dentro do Grupo de Trabalho Planejamento Urbano do Consórcio. O GT Defesa Civil também integrou a realização.

Tássia Regino, secretária de Habitação de São Bernardo do Campo e integrante da comissão organizadora do evento, ressaltou que o compartilhamento de experiências contribui para a construção de uma agenda para enfrentamento da questão. “Risco não pode ser tratado apenas no âmbito da Defesa Civil, tem que entrar na pauta das políticas urbanas. Esse é o grande desafio”, disse.

Para o diretor do Departamento de Assuntos Fundiários Urbanos e Prevenção de Riscos da Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos do Ministério das Cidades, Celso Santos Carvalho, as gestões municipais têm um papel importante e devem se preparar para eventos extremos que ao que tudo indica serão cada vez mais fortes e freqüentes. “Mas vemos desafios sendo superados quando municípios se articulam pelo Consórcio buscando parcerias com o Estado e a União”, destacou.

Representando o governo do Estado, Amauri Pollachi, da Secretaria de Recursos Hídricos, defendeu a gestão integrada não só dos recursos hídricos, mas do ambiente urbano como uma situação única. “Temos que perceber que há um tecido, um meio urbano vivo, que interage com os recursos hídricos”, disse.

O comandante do Corpo de Bombeiros da Região do Grande ABC, cel. Roberto Alboredo, lembrou que nos últimos 20 anos o número de ocorrências atendidas cresceu 360%, enquanto o efetivo aumentou apenas 2,3%. “A única forma que encontramos para fazer frente às adversidades foi melhorar a gestão e ampliar as parcerias”, afirmou.

O secretário executivo do Consórcio, Luis Paulo Bresciani, lembrou as inúmeras iniciativas da entidade para enfrentar o problema, como os investimentos em equipamentos para as Defesas Civis dos sete municípios, a formação das equipes técnicas das prefeituras, as parcerias com sistemas de alerta estadual e federal, a contratação dos Planos Municipais de Redução Riscos e as articulações nas diversas esferas em busca de recursos voltados à prevenção de enchentes e deslizamentos. “Estamos agora focados na perspectiva de um plano de ação integrado de Gestão de Riscos Urbanos no ABC. Passando para a construção de padrões e protocolos de cooperação e atuação”, adiantou.

Também participaram da abertura da Oficina Técnica o representante da Caixa Econômica Federal, Gilnei Peroni, e o reitor da UFABC, Hélio Waldman. Os painéis de discussão reuniram representantes das sete cidades, e especialistas no tema, como o professor Fernando Nogueira, da UFABC, coordenador técnico do evento. Para ele, o momento exige mudanças na forma de encarar a questão. “O foco tem que se deslocar do desastre para o risco e se espalhar por todo o território”, disse.

 

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