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Administração - Quinta-feira, 04 de Abril de 2013

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Empresários participam da primeira atividade prática do Focem Automotivo no Consórcio

Experiência do ABC vai servir de base para outros projetos, diz diretor da ABDI


Empresários participam da primeira atividade prática do Focem Automotivo no Consórcio

A primeira atividade prática com as 25 empresas selecionadas para participar do Projeto de Adensamento e Complementação Automotiva no Âmbito do MERCOSUL (Focem Auto) aconteceu na noite de hoje (4), no Consórcio Intermunicipal Grande ABC. Logo após a cerimônia de assinatura dos termos de adesão ao programa, os empresários tiveram o primeiro contato com consultores do Instituto de Competências Empresariais (ICE) e da empresa Produtare, contratados pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) para, nos próximos 14 meses, preparar as companhias para o mercado global.

“O Focem Auto no ABC começa hoje na prática”, anunciou Patrícia Vicentini, diretora dos projetos Focem na ABDI, minutos antes do evento. Na abertura, o diretor da Agência, Otávio Silva Camargo, falou das atividades no ABC como um marco para a ABDI. “O projeto vai ser uma experiência importante dentro do Focem, para futuras ações em outros setores e outros países”, disse.

Para o presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, a iniciativa vai significar melhorias para a produtividade, investimento em inovação e pesquisa. “A presença de empresários e trabalhadores neste evento indica que estamos construindo um caminho de pensar a economia globalmente. Não há como falar de consolidação de uma economia com a fragilidade das cadeias produtivas. Este é um processo sem volta”, analisou. Na cerimônia, Marinho e Camargo assinaram ata de formalização da parceria entre a ABDI e o Consórcio, que desde 2011 participa do desenvolvimento do programa em São Paulo.

O Focem Auto tem como meta fomentar o processo de integração produtiva da cadeia automotiva do Mercosul, com ênfase no setor de autopeças e na ferramentaria. Segundo o diretor da ABDI, Otávio Camargo, o projeto “tem entre seus objetivos buscar a redução das assimetrias dentro do MERCOSUL, perseguindo a competitividade, o aumento da renda e a redução do desemprego nos países envolvidos”.

A ABDI selecionou 25 empresas paulistas e 19 gauchas como beneficiárias do projeto no Brasil. Todas as escolhidas de São Paulo são companhias de pequeno e médio porte instaladas na região do ABC. No total, o Focem Auto envolverá cerca de cem empresas que atuam no setor de autopeças do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Para isso, a proposta conta com um orçamento estimado em US$ 4 milhões, sendo cerca de US$ 3 milhões oriundos do Fundo de Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do MERCOSUL (Focem) e US$ 1 milhão da ABDI.

Empresários

Maurício Tomazetti, da empresa Gaspec, de Santo André, tem boas expectativas em relação ao desenvolvimento do projeto. “Vai ajudar na profissionalização do negócio e na inovação, dois pontos chave que servem não só para o Mercosul”, disse. Com aproximadamente 180 funcionários, a Gaspec, criada em 1978, fornece para todas as montadoras do País e também para sistemistas (fornecedoras das montadoras).

Já Paulo Braga, da ELIU Indústria Metalúrgica, com 12 anos de atividade e 160 funcionários, acredita que a participação no projeto pode ajudar no redirecionamento da gestão do processo administrativo ou produtivo da empresa. “A gestão pode trazer benefícios de atratividade imensuráveis”, avaliou.

Segundo a diretora dos projetos Focem, Patrícia Vicentini, a previsão é que as empresas selecionadas participem da primeira rodada de negócios entre si e em outros níveis da cadeia no segundo semestre deste ano. Mas para isso passarão antes por capacitação e extensão tecnológica. As atividades dos próximos 14 meses incluem inteligência industrial, com estudo de mercado e manual de fornecimento, além do diagnóstico individual das companhias para o enfrentamento do mercado global. A partir desse diagnóstico, haverá ainda capacitações conjuntas de empresas dos quatro países envolvidos. As ações têm custo zero para as empresas. “A contrapartida é a participação no projeto”, resumiu Patrícia Vicentini.

 

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