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Administração - Quarta-feira, 27 de Março de 2013

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Taxa de desemprego de fevereiro é a menor da série histórica da PED ABC

Região mantém relativa estabilidade pelo quinto mês consecutivo


Taxa de desemprego de fevereiro é a menor da série histórica da PED ABC

As informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED, realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, mostram que, em fevereiro, a taxa de desemprego total na região do ABC manteve-se relativamente estável pelo quinto mês consecutivo, ao passar de 9,4%, em janeiro, para os atuais 9,5%. Esta é a menor taxa para fevereiro de toda a série da pesquisa, iniciada em 1998. Sua principal componente, a taxa de desemprego aberto, variou de 7,3% para 7,7%.

Em fevereiro, o contingente de desempregados na região foi estimado em 130 mil pessoas, duas mil a mais do que no mês anterior. Esse desempenho foi resultado da criação de 7 mil postos de trabalho, número ligeiramente inferior ao de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho da região (9 mil).

A estabilidade da taxa de desemprego recebeu análise otimista do técnico da Fundação Seade, Alexandre Loloian, coordenador da equipe da PED ABC. “Em algumas circunstâncias a mesmice é um bom resultado. Em períodos de cenário econômico difícil, não aumentar a taxa de desemprego é um dado positivo”, afirmou.

Ao contrário das análises econômicas que apontam preocupação para o desempenho de 2013, Loloian cita o novo estudo que passou a ser divulgado pela Fundação Seade, de cálculo mensal do PIB. “Somos o primeiro Estado do Brasil a ter esse indicador mensalmente. O de janeiro mostrou que o PIB cresceu 2,1% em São Paulo e que a indústria foi o que mais puxou esse crescimento”, analisou.

Entre janeiro e fevereiro de 2013, nos demais domínios geográficos para os quais os indicadores da PED são calculados, a taxa de desemprego total apresentou pequena variação positiva na RMSP (de 10,0% para 10,3%), no Município de São Paulo (de 9,1% para 9,4%) e nos demais municípios da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), exceto a capital (de 11,2% para 11,6%).

Na Região do ABC, em fevereiro, o nível de ocupação aumentou 0,6%, estimando-se o contingente de ocupados em 1.237 mil pessoas. Segundo os principais setores de atividade, o nível de ocupação elevou-se nos Serviços (1,6%, ou a criação de 10 mil postos de trabalho) e na Indústria de transformação (1,5%, ou 5 mil) e reduziu-se no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-2,8%, ou a eliminação de 6 mil postos de trabalho).

Segundo posição na ocupação, o número de assalariados praticamente não variou (0,1%) no mês em análise. No setor privado, aumentou o emprego com carteira de trabalho assinada (2,5%) e retraiu-se o sem carteira (-8,3%). O contingente de autônomos reduziu-se ligeiramente (-0,6%).

Entre janeiro e fevereiro de 2013, não variou a média de horas semanais trabalhadas por ocupados e assalariados (41 horas), mas variaram positivamente as proporções dos que trabalharam mais do que 44 horas semanais: de 33,8% para 34,3%, no caso dos ocupados e de 30,8% para 31,6%, para os assalariados.

Entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, reduziram-se os rendimentos médios reais de ocupados (-2,2%) e assalariados (-3,3%), que passaram a equivaler a R$ 1.968 e R$ 1.967, respectivamente (Tabela 4). Também se reduziram as massas de rendimentos dos ocupados (-2,7%) e, em menor proporção, a dos assalariados (-0,6%). Tal resultado, no caso dos ocupados, decorreu de reduções no rendimento médio e, em menor medida, do nível de ocupação, e, no dos assalariados, como resultado de redução do salário médio, não compensada pelo aumento do nível de emprego.

Comportamento em 12 meses

Em fevereiro de 2013, a taxa de desemprego total na Região do ABC (9,5%) foi inferior à registrada há 12 meses (10,2%). Nessa mesma base de comparação,a taxa de desemprego aberto reduziu-se de 8,3% para 7,7%.

Em termos absolutos, o contingente de desempregados diminuiu em 9 mil pessoas, resultado da geração de 18 mil postos de trabalho (1,5%), número superior ao de pessoas que se incorporaram à força de trabalho da região (9 mil, ou 0,7%).A taxa de participação (60,6%) não variou, neste período de 12 meses.

Entre fevereiro de 2012 e de 2013, o nível de ocupação elevou-se 1,5%, resultado superior ao dos três meses anteriores, nessa base de comparação. Sob a ótica setorial, tal resultado decorreu do aumento do contingente de ocupados nos Serviços (3,5%, ou criação de 21 mil postos de trabalho) e na Indústria de transformação (2,8%, ou 9 mil), que mais que compensou a redução no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-1,9%, ou eliminação de 4 mil ocupações).

O assalariamento total se expandiu 7,3% na comparação de 12 meses. No setor privado, elevou-se o número de empregados com e sem carteira de trabalho assinada (9,8% e 3,1%, respectivamente) e contraiu-se o contingente de autônomos (-19,8%).

Entre janeiro de 2012 e de 2013, elevaram-se os rendimentos médios reais de ocupados (13,2%) e assalariados (6,9%). Também se expandiram as massas de rendimentos de ocupados (12,1%)e assalariados (11,9%). No caso dos ocupados, em decorrência exclusivamente do aumento do rendimento médio real, uma vez que diminuiu o nível de ocupação e, no dos assalariados, pela elevação do salário médio real e, em menor proporção, do nível de emprego.

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