O Grupo de Trabalho Planejamento Urbano do Consórcio Intermunicipal Grande ABC e a Universidade Federal do ABC (UFABC) debateram, nesta segunda-feira (15), os resultados da oficina “Plano Diretor Regional – Cenários e Tendências”, realizada em 24 de junho, e os próximos passos do projeto. Durante o encontro, foram discutidos temas como infraestrutura, mobilidade, desenvolvimento urbano, desenvolvimento econômico, entre outros.

O coordenador do trabalho pela UFABC, professor Jeroen Klink, apresentou a síntese territorial do Diagnóstico da Região – primeira fase do Plano Diretor Regional (PDR), um dos produtos previstos no Termo de Cooperação Técnico Científico (TCTC), pactuado com a Universidade, ressaltando três eixos do plano: desenvolvimento econômico, estruturação urbana e sustentabilidade. “Nestes três eixos, constatamos falta de projetos integrados entre os municípios ao longo das últimas décadas. Apenas mais recentemente, podemos notar a retomada do pensamento regional”, afirmou.

Sobre a economia, Klink destacou que o ABC perdeu competitividade principalmente na indústria, com a saída de unidades fabris da região para outras cidades paulistas e para outros Estados. Na questão urbana, houve avanço da precariedade das moradias em áreas de manancial. Em relação a sustentabilidade, citou a desarticulação entre polos de tecnologia e a dificuldade de emplacar projetos como a agricultura familiar.

Diante deste panorama, defendeu a passagem de um cenário tendencial, ou seja, sem mudança da política regional, para um cenário virtuoso, com melhoria na qualidade da política urbana no ABC. “Para alcançar esse objetivo, o PDR precisa mobilizar a sociedade, provocando o debate sobre onde estamos e para onde vamos”, afirmou Klink.

Para a coordenadora do GT Planejamento Urbano, Claudia Virginia, o cenário virtuoso já está em construção. “A elaboração do PDR tem fornecido muitos elementos para superarmos o cenário tendencial. Estamos avançando para uma fase mais propositiva”, disse.