As sete cidades do ABC passam a contar, a partir desta segunda-feira (7), com um grupo regional de gestão de riscos envolvendo produtos químicos perigosos. A Subcomissão Regional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos da Região do Grande ABC (SRP2R2/ABC) foi instalada oficialmente durante a assembleia mensal do Consórcio Intermunicipal Grande ABC.

O grupo regional é composto por representantes do Corpo de Bombeiros, polícias Ambiental e Rodoviária Federal e Estadual, Comitê de Fomento Industrial do Polo Grande ABC (Cofip), Grupos de Trabalho (GTs) Defesa Civil, Mobilidade Urbana, Segurança Pública e Saúde, entre outros. A iniciativa estabelece protocolos de manejo de desastres, com o objetivo de proporcionar uma atuação de forma integrada e articulada na região nesta temática.

O presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, afirmou que a subcomissão, graças aos diferentes entes que a compõem, possibilita um tratamento mais eficaz das questões relacionadas a acidentes ambientais com produtos químicos perigosos.

“A subcomissão conta com um elevado grau de inteligência reunido, deixando a região muito mais preparada para enfrentar riscos com produtos químicos. Temos de estar preparados sempre para minimizar os impactos de um eventual acidente, mesmo esperando que ele nunca ocorra”, disse Marinho.

A coordenadora do GT Defesa Civil, Débora Diogo, classificou a instalação do grupo como uma conquista para as sete cidades. “Nosso intuito é que esse trabalho seja continuado e fortalecido, com capacitação das equipes envolvidas e manutenção das ações preventivas para evitar desastres”, afirmou.

Durante o encontro, o gerente executivo do Cofip, Francisco Ruiz, resumiu aos prefeitos o perfil econômico da indústria química do ABC, na qual está inserido o Polo Petroquímico, ressaltando que a união e integração entre as empresas possibilita maior geração de valor. “O ABC representa 13,7% da indústria química no Brasil, com um faturamento de R$ 49,5 bilhões por ano”, explicou.

O diretor do Cofip, Carlos Barbeiro, apresentou iniciativas em andamento pela entidade, como a formação do Comitê de Gerenciamento de Crise, a elaboração do Plano de Auxilio Mútuo Médico, o programa de capacitação em risco tecnológico para brigadistas e o Conselho Comunitário Consultivo (CCC). “Devemos estar sempre preparados para uma emergência. Por isso, precisamos de capacitação e treinamento para atuar em qualquer eventualidade”.

Além do envolvimento de entes públicos e privados, a participação da comunidade é fundamental para a atuação da subcomissão, de acordo com Marco Lainha, técnico do setor de Atendimento a Emergências da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). “Por mais que estejamos integrados, sempre precisamos reforçar nossa atuação. O ABC é uma região com alta fragilidade ambiental, pois está localizado em uma área de mananciais com grande volume de transporte de produtos”, afirmou.

Após a formalização da instalação da SRP2R2/ABC, o grupo realizou sua primeira reunião, também na sede da entidade regional.

Piscinões

A pauta da reunião dos prefeitos também contou com um balanço da limpeza dos 19 piscinões localizados nos sete municípios da região, apresentado pelo coordenador do Comitê de Programa Drenagem Urbana do Consórcio e o secretário-adjunto de Serviços Urbanos de São Bernardo do Campo, Flávio Casarini. Os trabalhos estavam a cargo do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão do governo estadual responsável pela manutenção dos reservatórios.

“A limpeza dos piscinões está em dia, com a parte eletromecânica em ordem”, afirmou Casarini. O acordo para os serviços de limpeza e manutenção desses reservatórios havia sido estabelecido em 18 de fevereiro, durante encontro articulado pelo Consórcio com o superintendente do DAEE, Ricardo Borsari.

O presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, ressaltou que o balanço positivo é fruto de reivindicações recorrentes da entidade. “Esta melhora na situação dos piscinões ocorreu graças à gestão do Consórcio. Graças à nossa insistência, conseguimos este resultado”, afirmou.