O segundo “Dia D” regional de vacinação contra a febre amarela no ABC acontece neste sábado (17), como parte da campanha iniciada em 25 de janeiro. Por articulação do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, a população contará com atendimento conjunto nas unidades de saúde em Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

A campanha está sendo realizada com a dose fracionada da vacina, conforme diretriz do Ministério da Saúde, e é aberta para toda a população, respeitando-se as indicações e contraindicações das autoridades de saúde. Quem já recebeu a vacina anteriormente não precisa ser imunizado mais uma vez. As crianças devem levar a carteira de vacinação e estarem acompanhadas dos pais ou de um responsável. Os adultos precisam apresentar um documento com foto.

O “Dia D” é uma oportunidade para vacinar quem ainda não foi imunizado, afirma o coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Saúde do Consórcio e secretário da pasta em São Bernardo, Geraldo Reple. "Tomar a vacina contra febre amarela é a única forma de se proteger. Essa é uma doença extremamente perigosa e que não tem cura. A cada duas pessoas que contraem o vírus, uma delas morre", disse Reple.

A participação do ABC na campanha de vacinação é orientada pelo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) do Estado de São Paulo. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, portadores de HIV positivo, pacientes com tratamento quimioterápico concluído, transplantados, hemofílicos ou pessoas com doenças do sangue e doença falciforme deverão consultar um médico e apresentar o relatório. Não há indicação de imunização para grávidas que morem em locais sem recomendação para vacina, mulheres amamentando crianças com até seis meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas.

Combate ao mosquito

A transmissão urbana da febre amarela no ambiente urbano ocorre somente por meio da picada de mosquitos Aedes aegypti. Por isso, a prevenção da doença deve ser feita evitando sua disseminação evitando o acúmulo de água parada em recipientes destampados, como caixas d'água, latas e pneus contendo água limpa.

Os macacos não transmitem a febre amarela, mas são hospedeiros da doença. Assim como os humanos, eles são apenas vítimas do vírus. Agredir ou matar macacos é crime previsto pela legislação ambiental e prejudica as ações preventivas.