Profissionais que trabalham com crianças e adolescentes em situação de rua se reuniram nestas quarta (12) e quinta-feira (13), na sede do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, para dois dias de formação e capacitação, e o compartilhamento de informações referentes à temática. Durante dois dias, a entidade regional recebeu a formação regional focada no Sistema de Garantia de Direitos no atendimento pelas administrações municipais. O evento foi organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) Criança e Adolescente da entidade regional, em parceria com a Fundação Projeto Travessia.

Por meio do compartilhamento de ideias e conhecimentos, o evento teve como objetivo discutir o desenvolvimento de uma metodologia no atendimento a famílias e adolescentes em situação de rua. As temáticas desenvolvidas no decorrer do curso tiveram como ponto principal o Sistema de Garantia de Direitos, criado em 2006 para assegurar e fortalecer a implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A iniciativa também abordou o perfil das crianças, a adequação e efetividade das políticas públicas e as dificuldades dos profissionais da rede.

Coordenador de projetos no núcleo desenvolvimento, Clovis Tadeu Dias, representante da Fundação Projeto Travessia, destacou a importância da formação para o atendimento com as novas configurações de famílias. “O Projeto Travessia tem o conceito de que não existe família desestruturada, mas sim com estruturas complexas que a gente não entende. É preciso estudar os diversos casos e situações para nós sabermos quem são essas famílias e definirmos esse atendimento de forma completa”, disse.

Para o coordenador, a metodologia de compartilhamento de informações é importante para os profissionais. “Eles são divididos em grupos, para promover a integração e a troca de informação. A metodologia de ensino é horizontal, para promover a troca de informações e conhecimento entre os profissionais da rede”, explicou.

Sobre a Fundação Projeto Travessia

A Fundação Projeto Travessia é uma organização social criada em dezembro de 1995, fruto de uma inédita parceria entre sindicatos de trabalhadores, bancos e empresas privadas, para atender crianças e adolescentes que utilizam as ruas da cidade de São Paulo como espaço de moradia e sobrevivência.