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Obras - Sexta-feira, 07 de Dezembro de 2018

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GT Igualdade Racial do Consórcio ABC promove palestra sobre Os 130 anos da Abolição da Escravatura

Palestrante e promotor de Justiça do Estado de São Paulo, Claudionor Mendonça de Santos, diz que a culpa pelo aumento dos crimes de racismo é do Poder Judiciário brasileiro, que, na sua visão, é extremamente elitista


GT Igualdade Racial do Consórcio ABC promove palestra sobre Os 130 anos da Abolição da Escravatura

O GT Igualdade Racial do Consórcio Intermunicipal Grande ABC promoveu na manhã desta quarta-feira (5), no Auditório Governador Mário Covas Júnior, a palestra 130 Anos de Abolição da Escravatura no Brasil. O evento teve como público alvo servidores, estudantes e demais integrantes da sociedade civil, além de militantes da questão da Igualdade Racial.

A palestra foi ministrada pelo Promotor de Justiça do Estado de São Paulo e Professor de Direito Claudionor Mendonça dos Santos, que é Mestre em Direito, graduado em Ciências Sociais e Aplicadas, além de co-autor das obras “Princípio e Regras Orientadoras do Processo Penal” e “Justiça, Cidadania e Democracia”, e autor de vários artigos sobre a temática.

Para o Promotor de Justiça Claudionor, o negro no nosso país trabalha para o enriquecimento do branco, e que isso vem acontecendo desde os tempos do descobrimento do Brasil e a colonização pelos portugueses. “Enquanto houver discrepância entre a vida de negros e pobres, não haverá a Abolição da Escravatura”, destacou o Promotor.

O Promotor foi provocado sobre o racismo de católicos e evangélicos contra os praticantes das religiões de matrizes africanas. Para ele, os números não assustam ainda mais por que ao registrem queixas, o BO (Boletim de Ocorrência) é registrado nas delegacias como desinteligência, o que impede o avanço das investigações sobre a prática de racismo.

“Em todo o meu tempo no Ministério Público tivemos apenas dois registros. Mas será que esse baixo número é porque só aconteceram esses dois casos?”, ironizou o promotor de Justiça. Para ele, a culpa é do Poder Judiciário, que é extremamente elitista e que prefere por encaminhar acordos entre o reclamante e o reclamado.

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