.
Acessibilidade
.
.
.
.
.
O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras
.
.
.
Notícias por Categoria
Evento foi aberto à sociedade civil, transmitido ao vivo e contou com três palestras sobre o tema
O auditório do Consórcio Intermunicipal Grande ABC ficou completamente lotado nesta quarta-feira (14/8) para o seminário “Prevenção do suicídio: vamos conversar sobre a vida?”, organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) Pessoa Idosa. O evento, que recebeu um público de aproximadamente 200 pessoas, ressaltou a necessidade de o assunto ser mais discutido pela sociedade para deixar de ser tratado como tabu, assim como as formas de buscar ajuda.
A importância de ações de prevenção voltadas a população idosa ganhou destaque durante as palestras “Indicadores Sociais de Monitoramento do Suicídio”, ministrada por Karol Casagrande Crepaldi, professora do Centro Universitário Saúde ABC, e “Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio”, que ficou a cargo de Patrícia Moretti, integrante dos GTs Pessoa com Deficiência e LGBT e especialista em transformação de conflitos e estudo da paz.
“A pessoa acostumou a vida inteira ter autonomia. Quando se torna idosa, sua família acredita que isso não é importante, mudando o jeito de viver da pessoa para ser mais cômodo” explicou Karol Crepaldi. Para a professora, a prevenção deve chegar às Unidades Básicas de Saúde (UBS), local de mais fácil acesso para o idoso.
Em casos de automutilação, o indivíduo intencionalmente agride o próprio corpo sem a intenção direta de suicídio, conforme explicou Patrícia Moretti. “É diferente: os jovens mutilam partes do corpo, enquanto os idosos param de comer, de beber água, de tomar remédios ou tomá-los em excesso”, alertou.
O evento também contou com palestra da vice-coordenadora do Centro de Valorização da Vida (CVV), Maria Elena Julio, sobre o Protagonismo da Sociedade Civil no Enfrentamento ao Suicídio. “Nós do CVV temos uma missão de tornar a sociedade mais solidária e fraterna. Quem pensa em suicídio vive um conflito de sentimentos que chamamos de ambivalência, que é quando a pessoa não quer acabar com a vida, mas com algum sofrimento”, defendeu Maria Elena.
Os contatos com o CVV podem ser feitos pelo telefone 188, disponível 24 horas e sem custo de ligação, pelo site da associação, por chat e e-mail, além do atendimento feito pessoalmente em 151 postos pelo país. A associação filantrópica possui 3.107 voluntários e oferece apoio emocional e prevenção, somando três milhões de atendimentos gratuitos anuais.