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Entidade regional e organização Lions Clube Internacional promoveram oficina de costura às mulheres do Programa Casa Abrigo Regional Grande ABC
O Consórcio Intermunicipal Grande ABC realizou, na última quinta-feira (12/12), uma oficina de costura para as mulheres do programa Casa Abrigo Regional Grande ABC, projeto mantido pela entidade regional que protege mulheres em situação de violência doméstica. Em parceria com o Lions Clube Sororidade Social, uma palestra de educação financeira e motivação também foi promovida antes da capacitação oferecida pela atividade de qualificação profissional.
A educadora e terapeuta financeira, diretora de assuntos gerais e responsável pelo comitê de capacitação do Lions Clube, Regina Alvares, ministrou a palestra. “O objetivo foi mostrar a capacidade delas mesmas de terem sonhos e realizar coisas. Após isso, apresentamos ficha técnica de produtos para oficina de costura e conhecimentos teóricos”, explica Regina.
Para a palestrante, mulheres que estão fora da situação de violência e possuem conhecimento para ajudar outras a crescerem e saírem dessa condição deve fazê-lo. “Sabemos que a dependência financeira do marido e companheiro é um fator relevante que as fazem permanecer nessa condição”, defende.
A coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) Gênero do Consórcio ABC e presidente do Conselho Gestor da Casa Abrigo, Maria Aparecida da Silva, ressaltou a importância de atividade como a que foi realizada. “A capacitação profissional é uma das formas para empoderamento e independências dessas mulheres”, afirmou.
O programa
A Casa Abrigo Regional Grande ABC, programa mantido pelo Consórcio ABC, foi inaugurada em 2003 e já protegeu 1.150 mulheres das sete cidades da região desde sua criação.
O serviço regional visa garantir segurança e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar, sob risco iminente de morte, intervindo no chamado “ciclo da violência”, que pode começar com agressões verbais e migrar para a violência física com o passar do tempo. O objetivo da ação é propiciar condições para a restruturação física e psicológica da mulher.
O acolhimento das mulheres, que é uma forma de tirá-las do alvo de seus agressores, ocorre em uma das duas unidades do programa, que têm endereços mantidos em sigilo. Juntos, os dois equipamentos podem atender até 40 pessoas por um período de até 180 dias, dependendo da complexidade de cada caso. Filhos e filhas das mulheres, com menos de 18 anos, também podem ser amparados nessas casas.
Segundo levantamento feito pelo programa, somente só 12% das mulheres atendidas pela Casa Abrigo Regional Grande ABC retornam ao mesmo convívio do agressor, o que mostra a efetividade da ação na restruturação social da mulher.