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Obras - Segunda-feira, 04 de Julho de 2016

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Estudo sobre macro e microdrenagem prevê mais de 200 intervenções no ABC

Estudo sobre macro e microdrenagem prevê mais de 200 intervenções no ABC


Estudo sobre macro e microdrenagem prevê mais de 200 intervenções no ABC

O Estudo Regional de Planejamento Estratégico da Macrodrenagem e Microdrenagem do Grande ABC apresentado nesta segunda-feira (4), durante a assembleia mensal do Consorcio Intermunicipal Grande ABC, prevê 214 intervenções nas sete cidades, demandando investimentos da ordem de R$ 2 bilhões. O trabalho, elaborado pela empresa KF2 Engenharia, é uma das ações prioritárias do Plano Plurianual (PPA) Regional Participativo 2014 – 2017 da entidade regional.

O presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC e prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, afirmou que o plano regional permite a consolidação e atualização de informações, estabelecendo critérios de priorização para implantação de ações estruturais de drenagem na região. “Teremos um estudo completo sobre a situação de macro e microdrenagem nas sete cidades, conjugado com São Paulo, pois a água não obedece divisas”, disse.

A conclusão do estudo aguarda o envio de dados de São Caetano do Sul, o que deve ocorrer em até 15 dias, de acordo com o coordenador do Comitê de Programa Drenagem Urbana do Consórcio e o secretário-adjunto de Serviços Urbanos de São Bernardo do Campo, Flávio Casarini. “São Caetano está desenvolvendo seu plano municipal de drenagem. Neste momento, os técnicos do município estão fazendo a revisão final do produto”, afirmou.

Após o recebimento destas informações, será realizada uma nova apresentação sobre o estudo aos prefeitos e posteriormente será dada ampla divulgação do plano à sociedade e órgãos do governo estadual e federal, informou Casarini.

Até o momento, o estudo aponta a necessidade de 38 reservatórios de contenção na região de diferentes dimensões (piscinões), realização de intervenções como abertura e ampliação de canais, alargamento, fechamento ou construção de laterais de concreto em córregos, melhorias em travessias de córregos, como no caso que envolve a Via Anchieta, entre outras. “Após o balanço final do estudo, podemos transformá-lo em projetos efetivos para captação de recursos", afirmou.

O presidente do Consórcio disse ainda que os municípios têm realizado um “esforço dramático” ao buscarem soluções para a drenagem urbana. “Macrodrenagem devia ser total responsabilidade do Estado, mas não podemos ficar esperando”.

Marinho ressaltou ainda que é preciso integração para resolver a questão. “O caminho que pensamos dá condições de trabalhar com o Governo do Estado, Governo Federal e Ministério das Cidades em relação a planos de ações e solução dos problemas de inundação e enchentes no ABC. Temos que oferecer os nossos dados também para a cidade de São Paulo, e atuar em âmbito metropolitano", explicou.

Resíduos Sólidos

A 76ª Reunião Ordinária da Assembleia Geral do Consórcio contou ainda com uma apresentação sobre as prioridades da implementação do Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Grande ABC (PGIRS ABC), realizada pelo coordenador do Comitê de Programa Resíduos Sólidos do Consórcio e Superintendente do Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (Semasa), Sebastião Ney Vaz Júnior. Entre os programas propostos, a iniciativa prevê a criação do Acordo Regional Logística Reversa, a ser firmado com o setor produtivo para aplicar a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

O presidente do Consórcio afirmou que o acordo incluirá a questão da coletiva seletiva, dos resíduos de construção civil e o debate da educação ambiental. Para os acordos da logística reversa, a primeira etapa é a identificação das partes envolvidas para a busca de compromisso.“Se conseguirmos construir o acordo no ABC, será o primeiro acordo em âmbito regional no país. É uma total mudança de conceito, tanto social quanto industrial”.

Luiz Marinho informou a intenção da entidade em realizar, ainda neste ano, um seminário sobre o tema, na perspectiva não apenas regional, mas metropolitana. “No debate da logística reversa e do manuseio de resíduos, temos algo muito amplo que vai desde o descarte às discussões com a indústria. Creio que este debate vai levar, necessariamente, a uma nova postura da indústria”, disse.

O PGIRS ABC propõe ainda programas regionais sobre ações de educação ambiental. Para o presidente do Consórcio, apesar de haver progressos no comportamento das pessoas em relação à questão ambiental diante da família e da comunidade, ainda é necessário avançar mais.

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