O Consórcio Intermunicipal Grande ABC debateu nesta terça-feira (19) o diagnóstico e os desafios futuros do Plano Diretor Regional, que constitui um dos produtos previstos no Termo de Cooperação Técnico Científico (TCTC) pactuado com a Universidade Federal do ABC (UFABC).
O coordenador do trabalho pela UFABC, professor Jeroen Klink, fez um resumo do diagnóstico, caracterizando o território da região em aspectos como economia, estruturação urbana e ações de sustentabilidade. “O Grande ABC vem, desde os anos 1980, perdendo plantas industriais para outras regiões, principalmente municípios localizados a oeste da Região Metropolitana de São Paulo. Os terrenos ainda disponíveis para a indústria são disputados em função do transbordamento da nova dinâmica imobiliária da capital para a região do ABC”, afirmou. Entre os desafios da estruturação urbana, Klink apontou a conciliação das políticas de mobilidade, o ordenamento do uso e ocupação do solo, a reversão do adensamento populacional em áreas periféricas próximas à área de recuperação e o esvaziamento populacional das áreas mais consolidadas, além da proteção aos mananciais.
O professor Klink ressaltou a oportunidade de integrar a elaboração do Plano Diretor Regional do Grande ABC com o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) da Região Metropolitana de São Paulo, atualmente em fase de implementação. No entanto, citou que existe dificuldade de articulação da região com o governo estadual para incluir as questões relevantes para o ABC no PDUI. Após a exposição, o diagnóstico foi debatido por integrantes dos Grupos de Trabalho Planejamento Urbano, Mobilidade, Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente, Habitação, Resíduos Sólidos, Drenagem, Turismo e Trabalho e Renda, além da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC.
O diagnóstico é fruto de visitas técnicas, coleta, levantamento e análise de dados, do diálogo com gestores das sete cidades, além do recurso a uma série de pesquisas da própria UFABC. O resultado foi a definição de conteúdo em sete capítulos, levando em conta a caracterização do território do ABC, os desafios para a nova economia regional, a estruturação urbano-regional no que diz respeito a novas centralidades, eixos e polos de desenvolvimento na região, a questão ambiental e os instrumentos voltados para as dinâmicas do planejamento e gestão do território.
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