O número de casos suspeitos de dengue no ABC aumentou 6,8% até a nona semana epidemiológica, encerrada em 5 de março, em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados coletados com os municípios e repassados ao Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE7), da Secretaria de Estado da Saúde. No acumulado de 2016, até 5 de março, foram notificados 4.040 casos suspeitos, ante 3.780 no ano passado.
O balanço está sendo acompanhado pela Sala de Situação Regional para o Combate ao Mosquito da Dengue, criada em dezembro pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC e coordenada pelo Grupo de Trabalho Saúde da entidade. Responsável pelo planejamento das ações de mobilização contra o Aedes aegypti no ABC, o grupo se reúne semanalmente.
Na semana passada, o Instituto Adolfo Lutz, órgão ligado ao governo do Estado responsável pela realização dos testes de dengue, informou que o número de casos confirmados da doença no ABC, de 1º de janeiro a 14 de março deste ano, totaliza 174. Os dados não incluem casos de Diadema, que possui sistema próprio de análise junto ao Adolfo Lutz. Dos 174 casos confirmados como dengue, 56 estão em Mauá, 50 em Santo André, 36 em São Bernardo do Campo, 24 em São Caetano do Sul, 6 em Ribeirão Pires e 2 em Rio Grande da Serra. Em média, o índice de casos positivos na região subiu de 19,3% na primeira divulgação, para 22,3% atualmente.
Também na semana passada, a Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), vinculada à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, restringiu a coleta de novas amostras de sangue de casos suspeitos de dengue. A CCD determinou que só devem ser enviadas para o Adolfo Lutz as amostras de casos graves, óbitos e casos suspeitos de municípios que ainda estão classificados como silenciosos (na região, apenas Rio Grande da Serra).
As sete cidades do ABC, por meio do GT Saúde do Consórcio, vão solicitar ao Secretário Estadual de Saúde, David Uip, a retomada dos exames de confirmação de dengue. O pedido será feito através de ofício que solicitará também reunião para tratar do assunto na próxima semana. Enquanto aguardam resposta, os municípios continuarão realizando a coleta e a armazenagem das amostras.
Autóctones
O levantamento dos municípios, repassado ao GVE7, indica ainda 108 casos autóctones (contraídos no próprio município). Desses, 50 estão em São Bernardo do Campo, 22 em Santo André, 20 em Mauá, 14 em São Caetano do Sul, um em Diadema e um em Ribeirão Pires. No mesmo intervalo de 2015, a região somou 891 casos autóctones.
Zika e chikungunya
Os dados coletados pelas cidades da região apontam ainda 29 casos suspeitos de zika vírus até a nona semana epidemiológica, sendo 21 em São Bernardo do Campo, 7 em Mauá e 1 em Santo André. Já a febre chikungunya contabiliza 104 casos suspeitos, sendo 64 em São Bernardo do Campo, 23 em Mauá, 14 em Santo André e três em São Caetano do Sul.
Comparativos de casos suspeitos de dengue Acumulado do ano até a 9ª semana epidemiológica - até 5 de março – 2015/2016 | ||
Município | 2015 | 2016 * |
Diadema | 1019 | 426 |
Mauá | 266 | 620 |
Ribeirão Pires | 89 | 98 |
Rio Grande da Serra | 24 | 21 |
Santo André | 567 | 660 |
São Bernardo do Campo | 1579 | 2003 |
São Caetano do Sul | 236 | 212 |
TOTAL | 3780 | 4040 |
Fonte: Dados dos municípios / Grupo de Vigilância Epidemiológica – Região do ABC (GVE 7), da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
* Dados parciais sujeitos a alterações conforme notificações dos município
Grande ABC