Os prefeitos do ABC definiram na assembleia mensal ocorrida hoje (1º), no Consórcio Intermunicipal Grande ABC, a realização de duas novas mobilizações para o combate aos criadouros do mosquito da dengue em regiões de divisa dos municípios. A primeira delas será realizada provavelmente no último sábado de fevereiro (27), na área limítrofe entre Mauá, Santo André e São Paulo. Outra ação também deve ocorrer nas divisas de Diadema, São Bernardo do Campo e São Paulo. Também serão reforçadas as tratativas para um maior envolvimento das equipes de Saúde da Capital, por conta da existência de pontos críticos de ocorrência de casos da doença nos bairros paulistanos vizinhos ao ABC.
“Mais dois grandes eventos, como o do último sábado (30), estão sendo programados. A intenção é aproximar a região do município de São Paulo nos próximos atos, para aumentar o alcance e cobertura da campanha e eliminar, cada vez mais, os focos do mosquito”, disse o presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho. O prefeito lembrou a repercussão positiva da mobilização ocorrida no último sábado (30), na chamada tríplice fronteira, na divisa entre Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, onde mais de 400 agentes realizaram ações educativas e lúdicas, além de vistorias casa a casa. Na mesma atividade, uma carreata chamou a atenção da população nas proximidades da feira-livre do bairro Rudge Ramos.
O presidente do Consórcio alertou também para a necessidade de a Secretaria de Estado da Saúde agilizar os exames do Instituto Adolfo Lutz para confirmação dos casos suspeitos encaminhados pelos municípios ao Grupo de Vigilância Epidemiológica – Região do ABC (GVE 7). Embora o balanço regional aponte 495 casos suspeitos até a 3ª semana epidemiológica (21 de janeiro), as sorologias a cargo da Saúde estadual estão demorando mais do que os dez dias previstos para a confirmação de casos, até agora restritos à primeira semana e, ainda assim, parciais.
“Temos uma fragilidade quanto aos dados de dengue. Precisamos pressionar para o Adolfo Lutz responder às notificações, para que os municípios possam planejar suas ações conforme as áreas de maior incidência de casos”, disse Luiz Marinho.
Para o prefeito, as campanhas na mídia e o fato de a dengue, o zika vírus e a febre chikungunya estarem no noticiário nacional e internacional impactou também na reação das pessoas diante da gravidade da situação, especialmente o aumento dos casos de microcefalia associados ao zika vírus. Segundo ele, os moradores dos bairros passaram a interagir melhor com as equipes de Saúde.
“Eu creio que esse ano haverá uma curva de mudança de comportamento da população para com o problema da dengue. Esse é um efeito positivo e nós temos trabalhado de forma permanente com a Campanha Regional de Combate ao Mosquito da Dengue, desde o ano passado, com a ação de setembro, em Diadema”, disse Marinho, citando o primeiro ato regional realizado pelo Consórcio e a campanha lançada pelos prefeitos em dezembro.
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