UFABC apresenta diagnóstico preliminar para Plano Diretor Regional ao Consórcio

Obras - Terça-feira, 15 de Dezembro de 2015


UFABC apresenta diagnóstico preliminar para Plano Diretor Regional ao Consórcio

O diagnóstico preliminar para implementação do Plano Diretor Regional (PDR), desenvolvido pela Universidade Federal do Grande ABC, foi apresentado aos representantes dos Grupos de Trabalho do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, na segunda-feira (14). Uma das metas do PDR é a concepção de um plano unificado que abranja todos os sete Planos Diretores da região, permitindo o desenvolvimento de forma integrada entre os municípios sob viés estratégico dentro do contexto metropolitano. Técnicos e dirigentes municipais com atuação nas áreas de Habitação, Mobilidade, Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente, além de Planejamento Urbano estiveram presentes.

Durante a oficina foram apresentados os balanços iniciais sobre os eixos analisados pela UFABC. A parceria é fruto do Termo de Cooperação Técnico-Científico (TCTC), assinado entre a entidade regional e a instituição de ensino superior em novembro do ano passado para a elaboração deste e de outros três produtos. Entre projetos contemplados estão a construção do Observatório de Políticas Públicas, a produção do Diagnóstico Habitacional Regional, e a elaboração de cartas geotécnicas de aptidão à urbanização para Mauá e Santo André, visando a Gestão Compartilhada de Riscos. De acordo com o cronograma de ações, os trabalhos devem ser concluídos até o segundo semestre de 2016.

O coordenador geral do projeto pela UFABC, Jeroen Klink, anunciou que a próxima etapa irá incluir a atualização das informações municipais e avanço na interligação entre os Planos existentes. “Existe uma necessidade cada vez mais visível de que haja consonância entre a área metropolitana e a região, e o Plano Diretor Regional deve estar estruturado de forma que possa se comunicar com o Plano Diretor Estadual”, defendeu.

Ele relatou os primeiros desafios encontrados durante o processo de coleta de dados, realizado por meio de visitas técnicas e análise dos Planos Diretores Municipais. “A leitura inicial é que temos dificuldades em logística devido à disparidade intrarregional dos dados fornecidos. O PDR irá refinar essas informações”, disse.

Segundo a professora da UFABC, Luciana Travassos, o diagnóstico permite pensar em soluções para problemas socioambientais como o avanço da mancha urbana em áreas de mananciais e em medidas preventivas para fenômenos naturais causados pela precipitação.

“Temos verificado o adensamento da mancha urbana em áreas ambientais, embora sem avanços significativos ao longo dos últimos anos. No entanto, isso não impede o seu impacto ao meio ambiente. No futuro será preciso implantar propostas urbanas de reconfiguração da paisagem que permitam o uso do solo sem que afetem as áreas verdes existentes na região”.

Com base no diagnóstico, essas áreas verdes, em sua maior parte, concentradas na região mais ao sul, são conhecidas como áreas de novo rural, utilizadas para o cultivo de alimentos, prática de pesca e outras atividades ligadas à agropecuária.

Outro ponto que deverá ser levado em consideração durante o levantamento, destacado pela professora, são os impactos da forte precipitação recorrente na região. “Com o adensamento populacional é normal que seja criada uma ilha de calor na região, fator que propicia eventos extremos. O vento que vem do litoral atinge primeiro a região, o que ocasiona problemas espaciais de alta magnitude”, ponderou.

Consórcio Intermunicipal Grande ABC


Santo André