A cerca de um mês do início do verão, que neste ano promete ter mais tempestades e raios no Sudeste por causa da atuação do fenômeno El Niño, as cidades do Grande ABC já estão preparadas para minimizar os transtornos causados pelo excesso de chuvas. Representantes dos sete municípios se reuniram no Consórcio Intermunicipal Grande ABC, para apresentar os Planos de Preparação de Defesa Civil (PPDC) e reforçar o apoio mútuo entre as equipes.
Os relatórios das defesas civis municipais foram elaborados a partir de um questionário com onze itens, desenvolvido pela entidade regional. A situação de cada cidade foi analisada em relação à quantidade de pluviômetros instalados e ativos, atualização do mapeamento das áreas de risco, realização de vistorias preventivas, análise dos sistemas de monitoramento meteorológico, preparo de abrigos e refúgios e checagem do serviço telefônico de emergência, pelo número 199. Outros critérios considerados foram a existência de estoque estratégico ou Cartão de Pagamento da Defesa Civil, articulação com os Núcleos de Proteção e Defesa Civil (Nupedcs), relação com outras secretarias e departamentos municipais, ações educativas e preventivas e levantamento dos recursos humanos e materiais. A partir dos relatórios elaborados, os municípios apresentaram, no último dia 17, o resultado dos preparativos para as operações do período das chuvas de verão.
Além do levantamento e análise da estrutura disponível em cada cidade para o enfrentamento do período chuvoso, o Plano Regional de Auxílio Mútuo (PRAM) está completando um ano. O plano definiu a estratégia de integração dos municípios na contenção de desastres e na mitigação de prejuízos, em caso de emergências que ultrapassem a capacidade do município atuar sozinho. A ação pioneira foi proposta pelo Consórcio no final do ano passado, por meio do GT Defesa Civil.
Por meio de parceria entre Consórcio e o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) realizada em 2012, os municípios do ABC passaram a fazer parte da rede de monitoramento do órgão, que é ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Para serem monitorados pelo Cemaden, é preciso que os municípios tenham o mapeamento de suas áreas de risco de deslizamentos em encostas, alagamentos e enxurradas. Para complementar o mapeamento dos municípios, o Consórcio contratou, também em 2012, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT que identificou, além das áreas passíveis de deslizamentos de terra e os locais sujeitos a enchentes dos municípios que não tinham PMRRs atualizados. Todos estes mapeamentos foram enviados pelo CEMADEN, que monitora e emite alertas aos municípios em caso de situações de risco.
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