A preocupação com o uso racional e sustentável dos bens públicos reuniu técnicos dos órgãos públicos, estudantes e representantes da sociedade civil da região para o ‘’1º Curso de Sustentabilidade na Administração Pública’’, lotando o auditório do Consórcio Intermunicipal Grande ABC em 5 de novembro de 2015. O curso foi fruto de parceria entre o Consórcio e o Ministério do Meio Ambiente e teve como objetivo contribuir na implementação de ações de sustentabilidade dentro da gestão pública dos municípios. A organização foi do Grupo de Trabalho Meio Ambiente da entidade regional.
Para o coordenador do GT, João Ricardo Guimarães Caetano, o curso trará resultados positivos para os municípios. ‘’O Consórcio e o Ministério do Meio Ambiente deram início ao curso, que marca as tratativas para a implantação da Agenda Ambiental na administração pública da região’’, disse.
Um dos pontos principais foi a apresentação do Programa Agenda Ambiental na Administração Pública, também conhecida como A3P, que é uma ferramenta de gestão institucional elaborada pela Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. A A3P busca orientar os órgãos públicos na tarefa de inserir critérios socioeconômicos de modo que aumente a eficiência das gestões, promovendo a economia dos recursos naturais e a redução de gastos institucionais.
A coordenadora do programa, Ana Carla Leite de Almeida, explicou que o foco principal do A3P é a administração pública. ‘’Instituições públicas como escolas, hospitais, universidades e comandos são os grandes beneficiados com a implantação dos critérios de gestão socioambiental propagadas pelo programa. O que observamos é um atraso em relação a essa agenda o que acaba interferindo de forma negativa nos aspectos econômicos e no próprio desempenho das entidades’’, salientou.
Construções sustentáveis, eficiência energética, uso racional de água e compras sustentáveis são eixos presentes no A3P. A gerente relata que um dos principais desafios das administrações públicas são os gastos desnecessários com equipamentos e manutenção. ‘’Quase um quarto da energia elétrica distribuída no país é destinado aos órgãos públicos. Mesmo sendo vital, as despesas com energia podem sobrecarregar o orçamento das gestões’’. Segundo ela, a redução do consumo de energia poderia ser solucionada com um planejamento sustentável.
‘’Existe um erro elementar de pensar que o conceito de ser sustentável envolve apenas a preservação do meio ambiente. Sustentabilidade não é sinônimo de meio ambiente. ‘Sustentável’ é uma condição na qual há equilíbrio econômico e socioambiental. Esta é a linha do A3P, oferecer parâmetros que facilitem esse processo’’, frisou.
O Diretor de Programas e Projetos do Consórcio, Hamilton Lacerda, reafirmou o compromisso da entidade para a adoção de práticas sustentáveis. ‘’A eficiência dentro da administração pública está ligada ao seu grau de sustentabilidade. É fundamental que essa iniciativa de aprimorar e experimentar novos modelos de gestão parta dos gestores’’, declarou.
Grande ABC