Na primeira reunião do Comitê de Crise Hídrica, realizada hoje (13) na Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado, em São Paulo, os prefeitos da Região Metropolitana de São Paulo cobraram do governo estadual a elaboração de um Plano de Emergência prevendo ações para preparar as cidades diante do risco de um eventual rodízio de água. O Consórcio Intermunicipal Grande ABC foi representado pelo secretário de Gestão Ambiental de São Bernardo do Campo, João Ricardo Guimarães Caetano, indicado na última assembleia de prefeitos para o acompanhamento da questão.
“Insistimos na necessidade de um Plano de Emergência e de um Plano de Comunicação que nos prepare para um cenário de racionamento, de rodízio”, ressaltou Caetano após a reunião. Segundo o secretário, apesar da resistência inicial por parte do secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga, o governador Geraldo Alckmin acabou anunciando a elaboração do plano emergencial.
Ao final do encontro, o governador admitiu a gravidade da crise hídrica. “Não se pode dizer que não vai ter rodízio”, afirmou. Em seguida, Geraldo Alckmin confirmou o atendimento à reivindicação dos Consórcios e prefeitos da Região Metropolitana presentes ao encontro: “Teremos um plano de contingência no caso de precisar de rodízio”, acrescentou.
A próxima reunião do Comitê deve acontecer em três semanas para o detalhamento final das propostas. A previsão é de que o Plano de Emergência seja apresentado em um mês com participação dos municípios, que proporão ações para enfrentar o problema e medidas para evitar que serviços prioritários, como escolas, hospitais, delegacias e unidades prisionais sejam afetados. O tema também será rediscutido na próxima assembleia de prefeitos do Consórcio.
Billings
A segunda reunião do Comitê deverá tratar de outra preocupação manifestada na última assembleia de prefeitos do Consórcio: a retirada de maior volume de água da Represa Billings para abastecer os Sistemas Alto Tietê e Guarapiranga. A proposta implica em possível bombeamento de água do Rio Pinheiros para suprir o déficit provocado pela retirada, aumentando a contaminação da represa.
“De acordo com o governador, existe um plano em andamento, mas não foram apresentados os detalhes. Por isso a importância de ter um Plano de Emergência, principalmente para garantir o abastecimento nos serviços essenciais”, declarou João Ricardo Caetano.
Foto: Edson Lopes Jr. - A2 Fotografia
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