Dos 16 eixos prioritários onde estão as 157 intervenções propostas no Plano de Investimentos em Mobilidade Urbana na Região do Grande ABC, 13 são fundamentais para circulação do transporte coletivo e três focam a circulação de tráfego geral, mas com interface direta com a melhoria do transporte coletivo, ao impactarem na malha viária como um todo. O detalhamento foi feito no início da noite de hoje (26), pela coordenadora do Grupo de Trabalho Mobilidade do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Andrea Brisida, após a entrega das propostas à Ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
“A lógica da construção desses eixos levou em conta uma malha de rede para o transporte coletivo e para a circulação viária. Eles se complementam”, disse Andrea Brisida. Segundo ela, os 13 eixos citados terão graus diferenciados de priorização ao transporte coletivo, enquanto os três restantes focam principalmente a circulação de carga para garantir a logística regional.
Entre os eixos de grande importância para a região, a coordenadora citou o corredor Leste-Oeste, que inclusive já tem projeto garantido pelo PAC Mobilidade Grandes Cidades para São Bernardo do Campo. “A idéia é estender esse corredor, que hoje é estritamente municipal, para os lados de Diadema e de Santo André, criando uma nova ligação e inclusive chegando a São Paulo, onde já há proposta de corredor de ônibus interligado com Diadema. Então teríamos uma outra ligação entre São Paulo, Diadema, São Bernardo e Santo André, sem passar pela área central”, destacou.
Outro corredor relevante está na ligação Sudeste, que vem desde Rio Grande da Serra, da divisa com a SP-122, até chegar a São Caetano do Sul, passando pela Av. Santo André, em Ribeirão Pires, Humberto de Campos, Capitão João Ramalho, Giovanni Batista Pirelli, Dom Pedro II, Goiás, até a AV. Guido Aliberti. “Essas duas ligações eu destacaria pelo peso regional que têm”, disse Andrea Brisida.
O Plano incorpora outro eixo que surgiu por conta do monotrilho (Linha 18 do Metrô), o eixo Guido Aliberti/Lauro Gomes, seguindo pela marginal do córrego Taoca. “Seria uma abertura nova de via criando um viário alternativo para chegar à adensada região da Vila Luzita, em Santo André, que pode possibilitar uma outra ligação com Mauá também”, acrescentou. Algumas propostas envolvem obras já iniciadas, como o que trata das marginais do Ribeirão dos Couros em São Bernardo do Campo, com possibilidade de ligação importante com Diadema e São Caetano do Sul. “A malha se complementa. Um eixo vai interligando com outro para que tenhamos um sistema lógico”, reforçou a coordenadora do GT.
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