A programação regional do Outubro Rosa foi marcada, na noite desta terça-feira (4), por debates e exposição fotográfica sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo de útero. Em evento organizado pelo Grupo de Trabalho Gênero, o Consórcio Intermunicipal Grande ABC inaugurou também iluminação especial para sua fachada, dando maior visibilidade à campanha durante o mês internacionalmente dedicado ao combate à doença.
“O Consórcio abraçou essa causa possibilitando um espaço para que possamos discutir sobre esse tema tão importante”, afirmou Silmara Conchão, coordenadora do Comitê de Programa Políticas Sociais e Afirmativas da entidade e secretária de Políticas para as Mulheres de Santo André.
Para Maria Socorro Pereira Miranda, coordenadora do GT Gênero, a alta incidência de câncer de mama no País mostra que as mulheres não estão sendo corretamente informadas sobre a importância da prevenção. “Infelizmente, as mulheres ainda são orientadas a só realizarem mamografia a partir dos 50 anos, o que pode significar um diagnóstico tardio. Essa é uma oportunidade de alertar para a necessidade de pedir aos ginecologistas os exames necessários a partir dos 40 anos, principalmente nos casos de histórico familiar”, disse.
O evento contou com exposição fotográfica retratando mulheres que tiveram ou têm câncer de mama e também palestra interativa com participação do sociólogo e fotógrafo autor dos trabalhos, Hugo Lenzi, e da jornalista e escritora Vera Golik. A partir de uma experiência familiar de ambos com a doença, o casal criou o projeto “De Peito Aberto – a Autoestima da Mulher com Câncer de Mama, uma Abordagem Humanista”, que busca conscientizar as mulheres sobre a importância do exame preventivo de câncer de mama e como enfrentar o tratamento. A exposição permanecerá no hall de entrada do Consórcio durante esta semana.
Números
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo. Não restrito somente a elas, o câncer de mama pode acometer também os homens. A estimativa do Instituto para 2016 é de que 57.960 brasileiras e brasileiros possam desenvolver a doença. Já o tumor de colo de útero é o terceiro mais frequente na população feminina.
Grande ABC