Com debates sobre a formação de cidadãos que preservem os bens culturais, o II Fórum de Memória e Patrimônio Cultural do Grande ABC abriu, nesta quinta-feira (1º), a Jornada do Patrimônio. Com organização do Grupo Temático História e Memória do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, o evento ocorreu no Senac Santo André.
Na mesa de abertura do encontro, o diretor de Programas e Projetos da entidade regional, Hamilton Lacerda, afirmou que o fortalecimento da cultura de uma região deve ser encarado como uma prioridade pelos gestores públicos. “Este Fórum e a Jornada do Patrimônio são resultado do planejamento regional realizado pelo Consórcio, que tem como essência a busca pelo desenvolvimento do ABC em todas as disciplinas”, disse.
Maurício Costa Carvalhinhos, coordenador de Projetos no Senac Santo André, instituição parceira do Consórcio na realização do Fórum e da Jornada, destacou a necessidade de valorizar a riqueza patrimonial das sete cidades do ABC. “Levar e compartilhar o conhecimento com as pessoas faz parte do nosso dia a dia”.
Os conceitos e metodologias da Educação Patrimonial foram o tema da palestra da arquiteta e urbanista Samira Bueno Chahin, professora da Universidade de Sorocaba (Uniso). A especialista defendeu a capacitação de professores da rede pública de ensino como agentes de preservação do patrimônio cultural, incentivando a abordagem como tema de projetos didáticos. “Este processo deve ser realizado de maneira dialógica, ou seja, estimulando o diálogo sobre o patrimônio, incluindo suas múltiplas interpretações”, explicou.
Coordenador do Projeto de Educação Patrimonial de Londrina desde 2008, Leandro Henrique Magalhães apresentou ao público as iniciativas realizadas naquela cidade para aproximar a temática da população. Entre as ações promovidas, o munícipio realizou roteiros por locais como templos, museus, escolas e até por uma rua que tem o comércio popular como atrativo. “Também publicamos uma série de livros para o público infantil, para que as crianças possam conhecer a história do local onde moram. Londrina é uma cidade muito jovem, com apenas 81 anos, marcada por muita diversidade”, disse.
O evento contou ainda com palestras de Leonice Mantovani Parajara, encarregada de arte-educação da Casa do Olhar Luiz Sacilotto; Mariana Kimie da Silva Nito, integrante da Rede Paulista de Educação Patrimonial (Repep); Monica Iafrate, coordenadora do Centro de Documentação Histórica da Fundação Pró-Memória; Rosimara Tanajura Barbosa Rampazo, assistente Cultural do Museu Dr. Octaviano Armando Gaiarsa.
A Jornada do Patrimônio do ABC continua até domingo (4) nas sete cidades, em uma programação que reúne exposições, visitas guiadas, apresentações teatrais, corais, rotas turísticas e históricas, encontros, rodas de conversa, palestras, oficinas e caminhadas. As atrações são um convite para que os moradores do ABC visitem bens culturais da região pela primeira vez ou resgatem memórias relacionadas a estes locais, muitas vezes imperceptíveis na rotina dos grandes centros urbanos.
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