Como parte das celebrações do Mês do Meio Ambiente, o Consórcio Intermunicipal Grande ABC discutiu, nesta terça-feira (13), o papel dos indicadores ambientais no planejamento e execução de políticas públicas com foco no desenvolvimento sustentável. A temática pautou os debates realizados na sede da entidade regional, durante seminário organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) Meio Ambiente, em parceria com a Prefeitura Municipal de Santo André.
Na abertura do evento, o secretário executivo do Consórcio, Fabio Palacio, afirmou que os temas em torno do meio ambiente não podem ser tratados apenas dentro dos limites de cada um dos sete municípios, mas precisam ser articulados de maneira conjunta.
“As questões ambientais envolvem múltiplas áreas, como drenagem, qualidade do ar e uso do solo, ultrapassando a divisa dos municípios. É uma demanda regional, por isso o instrumento mais eficiente para trabalhar esta temática é o Consórcio Intermunicipal”, ressaltou Palacio.
A mesa de abertura contou ainda com a participação da coordenadora do GT Meio Ambiente do Consórcio, Sonia Lima; do secretário adjunto de Meio Ambiente de Santo André, Murilo Andrade Valle, também integrante do GT; do coordenador do Programa Município Verde Azul, José Walter Figueiredo Silva; e de José Dourado, assessor especial do prefeito de Diadema, Lauro Michels.
Iniciativa da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, o Programa Município Verde Azul tem como objetivo medir e apoiar a eficiência da gestão ambiental por meio da valorização da agenda ambiental nas cidades. “Todos os municípios precisam de uma estrutura de educação ambiental, que faz parte do programa. O Município Verde Azul funciona como um alerta para esta questão”, explicou Figueiredo Silva.
O Plano de Ação de Enfrentamento às Mudanças Climáticas do Grande ABC foi apresentado por Igor Albuquerque, gerente de mudanças climáticas do ICLEI (Governos Locais pela Sustentabilidade) – associação mundial de governos locais dedicados ao desenvolvimento sustentável. A iniciativa utilizou como base o 1º Inventário Regional de Emissões de Gases de Efeito Estufa, produzido pelo Consórcio.
“As sete cidades avaliam que implantar medidas de mitigação no setor de energia não apenas representa uma oportunidade para fomentar o desenvolvimento econômico da região de forma mais sustentável, como também permite criar condições para investimentos em inovação e o aperfeiçoamento da infraestrutura existente”, explicou Albuquerque.
O seminário também abordou o Programa Cidades Sustentáveis, iniciativa que oferece aos gestores públicos uma série de indicadores associados a uma agenda de sustentabilidade urbana, além de um banco de práticas com exemplos nacionais e internacionais como referências para os municípios.
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