Festival regional usa cultura como arma contra a intolerância e preconceito

Cerca de mil pessoas participaram durante toda a tarde e noite deste domingo (9), no Teatro Santos Dumont, em São Caetano do Sul, do primeiro Festival de Cultura para Gêneros e Etnias, organizado pela Secretaria Estadual de Cultura, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC. Com muitas atrações culturais, de grupos do Grande ABC e até mesmo de São Paulo, os organizadores fizeram das atividades uma espécie de antídoto contra a discriminação racial e preconceitos de gêneros e etnias.

O Consórcio Intermunicipal foi representado por seu Secretário Executivo Fabio Palácio. Em sua fala, ele destacou a importância de se combater qualquer tipo de preconceito ou de discriminação, além de estabelecer políticas públicas voltadas à valorização. "Foi com muita honra que o Consórcio Intermunicipal Grande ABC aceitou a parceria para realização deste evento. A função do Consórcio é justamente criar políticas públicas para a nossa região. Quero desejar um grande evento, e que este seja o primeiro de muitos outros que venham a acontecer", destacou.

O festival teve como objetivo o respeito às diferentes pluralidades e diferenças culturais, a valorização de tradições, experiências e costumes das comunidades, além de promover as manifestações culturais que resgatem a formação do patrimônio cultura nacional. As atrações aconteceram em cinco ambientes diferentes dentro do teatro. O público participou de bate-papos, exposições, batalha de rimas e conferir artesanato indígena. Também aconteceram apresentações de dança cigana, samba, sarau, rap, roda de capoeira, congadas e performances artísticas.

O conjunto que reúne o Teatro Santos Dumont, a Casa de Vidro e a Biblioteca Paul Harris, em São Caetano do Sul, foi ocupado pelo 1º Festival de Cultura para Gêneros e Etnias. O público prestigiou as várias atrações durante a tarde e a noite deste domingo (9). Destaque para o encerramento, com o cantor Dexter, além da brilhante atuação da Mestra de Cerimônia, a drag Morango.  

De samba a rap, de roda de capoeira a dança cigana, de congadas a batalhas de rimas, e até um casal de mestre-sala e porta-bandeira, que arrancaram muitos aplausos do público presente. A programação tomou conta dos espaços culturais e, no clima de diversidade, ainda teve lugar para sarau, exposições, bate-papos, artesanato indígena e performances artísticas LGBT. O objetivo do festival, realizado pela Secretaria de Estado da Cultura, por meio da Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias, foi evidenciar o respeito às diferenças, à valorização das tradições e o resgate à formação do patrimônio cultural.

Estiveram presentes autoridades da cidade, da região e do Estado. O secretário de Cultura de São Caetano do Sul, João Manoel da Costa Neto, participou da abertura. Pelo Governo do Estado, vieram Efrem Corbani, assessor de Cultura para Gêneros e Etnias; Franco Reinaldo, diretor do Museu da Diversidade Sexual; e Elisa Lucas Rodrigues, coordenadora Estadual de políticas para população negra e indígena, e Cássio Rodrigo, coordenador de diversidade sexual, esses últimos da Secretaria da Justiça do Estado.

Das cidades vizinhas, marcaram presença a secretária de Cultura de Mauá, Cláudia Crepaldi, além de Manoel Hélio (representante da Secretaria de Cultura de São Bernardo), Robson Miguel (secretário adjunto de Cultura de Ribeirão Pires) e Elza Carlos (secretária de Relações  Institucionais e Comunitária de Ribeirão Pires). Também prestigiaram o evento Ana Paula Demambro, diretora da Fundação das Artes; Charly Farid Cury, presidente da Fundação Pró-Memória; e Ana Maria Guimarães Rocha, diretora da Biblioteca Paul Harris.