Correr abaixo dos 50 segundos é a meta de Asafe Madai de Deus Virgolino, de São Bernardo do Campo, para alcançar o índice dos 400 metros com barreira para disputar o Mundial Indoor de Atletismo, que acontecerá em Málaga (Espanha), em setembro de 2018. Para isso, o atleta cumpriu mais uma etapa de sua preparação ao conquistar o ponto mais alto do pódio nesta mesma prova no terceiro dia do atletismo dos Jogos Abertos do Interior, realizado nesta sexta-feira (24), na Arena Caixa, na Vila do Tanque.
Asafe não ficou muito feliz, pois cruzou a linha de chegada com o tempo de 52.13, seguido de Wesley Martins, também de São Bernardo, com 52.47, e André Lopes da Silva, de Campinas, com 52.50. No entanto, o atleta promete baixar, inclusive, o melhor tempo de sua carreira: 50.43, conquistado nos Jogos Regionais, em julho, na mesma Arena Caixa.
“Corro desde que me conheço como gente. Adorava correr em casa, na escola. E minha mãe não pensou duas vezes em inscrever-me na escolinha de atletismo”, afirmou o andreense Asafe, que começou sua carreira em Santo André. Mais do que conquistar o índice para o Mundial e integrar, pela primeira vez, a seleção brasileira adulta, Asafe sonha em ficar próximo ao recorde brasileiro da prova, de Eronilde de Araujo, conquistada em 1995.
“Para correr abaixo dos 50 segundos e me aproximar desse tempo é preciso muita dedicação e superar limites”, ressaltou Asafe, que já conquistou resultados importantes na seleção juvenil como o vice-campeonato nos 400 com barreira no Sul-Americano Juvenil, realizado em Cuenca (Equador), em 2015. Amanhã, Asafe volta a defender São Bernardo nos Jogos Abertos, no revezamento 4x400 metros.
Tradição olímpica
Uma das provas mais vitoriosas do atletismo brasileiro, o salto triplo foi disputada na tarde desta sexta-feira, na Arena Caixa. São seis medalhas olímpicas no total com Adhemar Ferreira da Silva (ouro em Helsinque-1952 e Melbourne-1956), Nelson Prudêncio (prata na Cidade do México-1968 e bronze em Munique-1972) e João do Pulo (bronze em Montreal-1976 e 1980).
Realizada sob os olhares do técnico Nélio Moura, especialista em saltos horizontais, treinador de dois campeões olímpicos em Pequim-2008: a brasileira Maurren Maggi e o panamenho Irving Saladino, no salto em distância.
“Sem dúvida, o salto triplo é uma das provas mais tradicionais do atletismo brasileiro. Na Olimpíada do Rio-2016, a prova passou por uma entressafra, mas jovens triplistas têm evoluído”, afirmou o treinador. Entre os destaques está Kauan Kamal, de 20 anos. Atleta de São Carlos como Nelson Prudêncio, o triplista participou da prova nos Jogos Abertos, mas, não ficou entre os oito finalistas. “Estou voltando de uma lesão e não fiz um bom salto”, lamentou o atleta, pupilo de Moura, que saltou 14.48.
O campeão da prova foi a prova teve como campeão Alexsandro Melo, de São Caetano (16,67m), uma outra promessa da prova, segundo Moura, seguido de Jean Casemiro, de Piracicaba (15,61m) e Lucas Basílio, de São José dos Campos (15,75m).
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