Pesquisa do Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revelou que o preço médio do pacote de 5 kg de arroz em fevereiro desse ano, antes de ser decretada a pandemia, custava R$ 12,78 e, em outubro (valor apurado até o momento, já que o mês ainda não fechou) passou para R$ 21,83, aumento de 71%.
A maior variação mensal do ano de 2020 ocorreu em setembro, 21% (tomando-se como base o mês de agosto/20). O pacote que custava R$ 16,87 em agosto passou para R$ 20,25 em setembro.
A pesquisa foi realizada em 40 supermercados distribuídos nas cinco regiões do município de São Paulo e abrange 39 itens dos grupos de alimentos, higiene pessoal e limpeza doméstica.
Como o levantamento leva em consideração a média dos preços mínimos encontrados, o valor está longe da realidade constada pelas equipes de fiscalização do Procon-SP. Em operação realizada em todo o estado para coibir preços abusivos de produtos da cesta básica, dentre eles o arroz, na capital paulista o pacote de 5kg de arroz tipo 1 chegou a ser encontrado por R$ 32,16 e no interior, R$ 36,79.
Em todo o estado 625 estabelecimentos foram notificados por fiscais do Procon-SP a apresentar notas fiscais de compra e venda de itens da cesta básica como arroz, óleo de soja e carnes vermelhas e, caso seja identificado um aumento desproporcional nos valores, responderão a processo administrativo, podendo ser multados.
“Embora não exista tabelamento de preço é inadmissível que fornecedores queiram abusar e aumentar desproporcionalmente seus lucros em plena pandemia”, afirma o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez.
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