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O município de São Bernardo do Campo está situado na sub-região sudeste da Região Metropolitana de São Paulo, sendo o mais populoso do ABC Paulista com 816.925 habitantes, segundo estimativas do IBGE/2015. Com um território de 409,532 km² (IBGE/2015), São Bernardo ocupa 49,4% da superfície do Grande ABC, 5% da Grande São Paulo e 0,2% do Estado de São Paulo. O município subdivide-se em dois distritos: Sede e Riacho Grande.
A localização de São Bernardo do Campo é privilegiada, facilitando o escoamento do que é produzido na cidade e também a economia doméstica. Atravessam seu território duas importantes rodovias estaduais, a Anchieta e a Imigrantes, além do trecho Sul do Rodoanel Mário Covas. O centro da cidade está a pouco mais de 20 quilômetros da Praça da Sé, marco zero da capital paulista, e as duas cidades têm grande região fronteiriça. O aeroporto de Congonhas e o porto de Santos estão também muito próximos, a 22,3 e 50 km, respectivamente.
O município possui uma grande hidrografia, sendo que 53,7% de sua área são de proteção de mananciais. Embora esteja situado no Planalto Paulista, o seu vasto território cobre Bacias do rio Tamanduateí, composta pelo ribeirão dos Meninos, ribeirão dos Couros e seus afluentes, e do rio Pinheiros, este composto pelo represamento do rio Grande e seus afluentes.
Ainda que 8 de abril de 1553 seja a data oficial da instalação da Vila de Santo André da Borda do Campo, a data convencional para a comemoração da fundação de São Bernardo do Campo é 20 de agosto, por ser o dia dedicado ao santo católico Bernardo de Claraval (São Bernardo).
História
Por conta de sua proximidade ao Porto de Santos, acabou se tornando rota para aqueles que se dirigiam do Planalto para o litoral. Os monges beneditinos estão entre os primeiros povos a se instalarem na região, sendo este um marco histórico para o desenvolvimento do que viria a se tornar São Bernardo do Campo, em 1945.
Nas décadas de 1870 a 1890, a região recebeu fluxo de imigrantes que se instalavam em núcleos coloniais recém-criados pelo governo imperial do Brasil. O forte crescimento populacional durante este período serviu como justificativa para que a região pleiteasse sua autonomia em relação à cidade de São Paulo.
Em 12 de Março de 1889, foi sancionada a criação do município de São Bernardo, que àquela altura englobava toda a região do atual ABC Paulista. Após isso, a cidade presenciou diversos avanços econômicos e de infraestrutura.
Nos primórdios do séc. XX, São Bernardo atingia status de desenvolvimento superior aos demais bairros ou distritos que integravam o antigo município de Santo André da Borda do Campo. Um dos fatores para este destaque era a fabricação de carvão e corte de madeira.
Em 1927, São Bernardo teve parte de seu território inundado com a construção da represa Billings, que represou as águas do rio Grande e do rio das Pedras, para geração de eletricidade na usina Henri Borden, em Cubatão.
A rivalidade com os demais bairros cresceu quando o distrito de Santo André passou a atrair grandes empresas, que se instalavam na área por conta da proximidade à estação ferroviária. Durante este período Santo André passou a se desenvolver em um ritmo acentuado e acarretando na desvalorização de São Bernardo. Não demorou muito para que fosse assinado decreto que consistia na transferência da sede do município de São Bernardo para Santo André, em 30 de novembro de 1938. Desta forma a vila de São Bernardo foi rebaixada a distrito.
A decisão gerou descontentamento dos habitantes do distrito de São Bernardo, que incluía desde comerciantes, funcionários públicos e operários que decidiram se organizar para manter o status econômico da cidade. Foi aí que em 1943 fundaram a Sociedade dos Amigos de São Bernardo, sob a liderança de Wallace C. Simonsen, banqueiro e proprietário de terrenos locais.
Este grupo solicitou a emancipação do então distrito de São Bernardo do município de Santo André. À época, estava sendo planejada pelo governo estadual uma reforma administrativa que visava a criação de municípios em todo o Estado. Em 1º de Janeiro de 1945, a vila de São Bernardo foi elevada à condição de cidade novamente. O nome “do Campo” foi anexado, e Wallace C. Simonsen foi nomeado prefeito da cidade.
Nos anos que se seguiram, o município contava com mão-de-obra qualificada e com um intenso fluxo migratório de outros estados. A conclusão da construção da Via Anchieta, em 1947, proporcionou o crescimento econômico de São Bernardo do Campo com a instalação de uma quantidade expressiva de empresas estrangeiras, destaque para as automobilísticas que desenvolveram a indústria na região, entre elas: Ford, Scania e Volkswagen.
Em consequência da expansão populacional e do crescimento industrial, a cidade ganhou um sindicalismo organizado e forte que ganhou espaço durante as crises econômicas do final dos anos 70 e início dos anos 80, sendo palco de alguns dos maiores e mais persistentes movimentos grevistas já ocorridos na história do país.
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