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Pesquisa de Emprego e Desemprego - Quinta-feira, 03 de Março de 2016

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Participação feminina no mercado de trabalho do ABC recua em 2015, após três anos de alta

Participação feminina no mercado de trabalho do ABC recua em 2015, após três anos de alta


Participação feminina no mercado de trabalho do ABC recua em 2015, após três anos de alta

A presença de mulheres no mercado de trabalho na região do ABC diminuiu, ao passar de 54,4%, em 2014, para 53,2%, no ano passado, após três anos consecutivos de crescimento. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pela Fundação Seade e pelo Dieese, durante a apresentação do boletim especial Mulher & Trabalho no ABC, elaborado em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC.

“A participação feminina teve uma pequena diminuição, interrompendo três anos de aumento. A crise financeira ajudou a prejudicar o desempenho”, afirmou Márcia Guerra, técnica da Fundação Seade. A divulgação da pesquisa marca as comemorações do Dia Internacional da Mulher, na próxima terça-feira (8), e foi acompanhada pelo Grupo de Trabalho Gênero, do Consórcio, e pelo Programa Casa Abrigo Regional, mantido pela entidade.

Apesar da queda, a participação feminina no ABC – proporção de mulheres com dez anos de idade ou mais inseridas no mercado de trabalho, na situação de ocupadas ou desempregadas – é superior ao registrado em países como Espanha (52,4%), França (50,7%) e Itália (39,3%). A taxa é próxima à de Portugal (53,6%), mas inferior a de países como Suécia (60,9%) e Holanda (57,5%).

O rendimento médio por hora para as mulheres também recuou, mas em percentual inferior ao dos homens. Em 2015, correspondeu a R$ 11,00 para as mulheres, com queda de 3,5% na comparação com o ano anterior. Para os homens, a queda foi de 7,7%, para R$ 13,97. Com isso, o valor recebido pelas mulheres, que correspondia a 75,3% do embolsado pelos homens, passou para 78,7%. “O rendimento dos homens continua maior que o das mulheres, mas historicamente chegou a ser ainda superior. O ideal não é que o indicador diminua para os homens, mas que haja condições iguais para ambos no mercado de trabalho”, afirmou a técnica do Seade.

A taxa de desemprego entre as mulheres aumentou no ano passado, passando de 11,5%, registrada em 2014, para 13,3%, com o maior índice desde 2010 (14,4%). Ainda assim, o índice permanece nos menores patamares registrados na série histórica da pesquisa, iniciada em 1998. A alta no desemprego para as mulheres foi motivada pela eliminação de 17 mil postos de trabalho. O número foi atenuado pelo decréscimo da População Economicamente Ativa (PEA) feminina da região, com 8 mil mulheres deixando de fazer parte da força de trabalho, o que resultou no aumento do contingente de desempregadas em 11 mil pessoas.

O nível de ocupação para o sexo feminino diminuiu 3%. Com isso, a parcela de mulheres no total de ocupados da região do ABC teve leve queda, de 46% para 45,8%.  A retração do nível de ocupação entre as mulheres refletiu os decréscimos na Indústria (-16,3%), principalmente na metal-mecânica (-13,9%) e nos Serviços (-2,0%), parcialmente compensados pelo aumento no Comércio; Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (8,4%).

Nos Serviços, responsáveis por 69,1% da mão de obra feminina na região, houve queda na ocupação do segmento de informação e comunicação; atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; atividades profissionais científicas e técnicas (-12,9%), serviços domésticos (-6,2%), administração pública, defesa e seguridade social; educação, saúde humana e serviços sociais (-3,5%) e atividades administrativas e serviços complementares (-2,5%). Por outro lado, o ramo de alojamento e alimentação; outras atividades de serviços; artes, cultura, esporte e recreação registrou alta de 13,0%.

Por posição na ocupação, as mais protegidas pela legislação trabalhista tiveram comportamentos diferenciados. O assalariamento feminino com carteira de trabalho assinada no setor privado recuou 6,2%, enquanto houve aumento de 4,5% no setor público. O trabalho autônomo avançou 7,7%, mas ocorreu queda no assalariamento privado sem carteira (-7,7%) e o emprego doméstico (-6,2%) - tanto entre as mensalistas (-2,8%) como para as diaristas (-13,3%).

Avanços e desafios

Após a apresentação, representantes das áreas voltadas às questões de Gênero com atuação no Consórcio fizeram uma avaliação dos avanços e desafios que envolvem as lutas das mulheres no ABC e no Brasil de um modo geral. A coordenadora do GT Gênero, Maria Socorro Pereira Miranda, lembrou que muitas mulheres ainda precisam deixar de trabalhar para cuidar da família, o que se agrava em momentos de crise econômica. Além disso, mostrou preocupação com a falta de equiparação dos salários entre os sexos. “O desequilíbrio salarial entre os gêneros ainda persiste, tanto no setor público como no privado”, afirmou. A apresentação também foi acompanhada pela representante de Santo André no GT Gênero e ex-coordenadora do grupo, Maria Cristina Pechtoll.

A presidente do Conselho Gestor da Casa Abrigo, Maria Aparecida da Silva, ressaltou que a presença feminina no mercado de trabalho contribui para a diminuição dos índices de violência doméstica. “O trabalho traz autonomia. Empoderar as mulheres é um passo importante para erradicar a violência contra elas”, disse.

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