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Pesquisa de Emprego e Desemprego - Quarta-feira, 30 de Setembro de 2015

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Desemprego no ABC cresce em agosto mas é menor que o da Região Metropolitana

Taxa ficou em 13,6%. Destaque positivo foi o setor de serviços, que manteve o nível de ocupação


Desemprego no ABC cresce em agosto mas é menor que o da Região Metropolitana

A taxa de desempregados aumentou no ABC na passagem de julho para agosto. O índice passou de 12,7% para 13,6%, mesmo número registrado na capital paulista, mas inferior ao da Região Metropolitana de São Paulo (13,9%). A retração de 12 mil postos na Indústria de Transformação impulsionou o resultado negativo. Por outro lado, o setor de Serviços manteve a taxa de ocupação nos últimos dois meses. As informações são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED ABC), realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, divulgada nesta quarta-feira (30) na sede da entidade regional.

O contingente de desempregados foi estimado em 188 mil pessoas, 11 mil a mais do que no mês anterior, por causa da eliminação de 20 mil postos de trabalho, mas atenuada pela diminuição da População Economicamente Ativa – PEA, com a saída de 9 mil pessoas da força de trabalho da região. O coordenador do estudo no ABC e técnico da Fundação Seade, Alexandre Loloian, apontou que apesar do valor ser maior que o registrado em 2014, os resultados seguiram uma tendência sazonal. ‘’No ano passado, agosto representou o pico de desempregados no ABC (na época com 11,3%), mas o número foi reduzindo até alcançar a estabilidade’’, lembrou.

Entre julho e agosto, a taxa de desemprego total elevou-se de 13,6% para 14,4% nos demais municípios da Região Metropolitana de São Paulo (sem a capital) e permaneceu em relativa estabilidade na RMSP (de 13,7% para 13,9%) e no município de São Paulo (de 13,8% para 13,6%).

Na Região do ABC, o contingente de ocupados caiu 1,6%, passando a ser estimado em pouco menos de um milhão e 200 mil pessoas. Sobre os Serviços, que mantiveram a taxa de ocupação no mês passado, o economista afirmou que o setor é estratégico para a geração de emprego. ‘’ É esse setor que tem compensado a constante retração nas demais áreas. Serviços já representam 55% do total de ocupados do ABC e isso só comprova um protagonismo crescente’’, destacou.

O número de assalariados diminuiu 0,9%. No setor privado, caiu o contingente de empregados com carteira de trabalho assinada (-1,8%) e aumentou o sem carteira (3,7%). No setor público, o número de assalariados variou em 0,9%. No mês em análise, diminuíram o contingente de autônomos (-3,5%) – com destaque para os que trabalham para o público (-5,3%) – e o dos ocupados nas demais posições (-12,0%). “Ainda não se perdeu parte dos bons empregos conquistados no último ciclo (de crescimento). Isso é fundamental para que o ABC continue sendo destino de famílias e investimentos. Deve ficar claro que não perdemos todas as melhorias adquiridas no passado’’, reiterou Loloian.

Em agosto, a média de horas semanais trabalhadas cresceu entre os ocupados (de 40 para 41) e permaneceu estável entre os assalariados (41). A proporção dos que trabalharam mais de 44 horas semanais variou positivamente entre os ocupados (de 28,8% para 29,2%) e aumentou para os assalariados (de 25,0% para 26,0%).

Entre junho e julho de 2015, houve retração do rendimento médio real dos ocupados (-2,1%) e praticamente não variou o dos assalariados (-0,1%), que passaram a equivaler em média a R$ 2.051 e R$ 2.126, respectivamente. Diminuiu a massa de rendimentos dos ocupados (-2,0%) e elevou-se a dos assalariados (1,9%). No caso dos ocupados, tal resultado deveu-se à redução dos rendimentos médios reais, uma vez que praticamente não variou o nível de ocupação e, entre os assalariados, o aumento decorreu do desempenho positivo do nível de emprego, já que houve relativa estabilidade do salário médio real.

Comportamento em 12 meses

Em agosto de 2015, a taxa de desemprego total na Região do ABC (13,6%) ficou acima da observada no mesmo mês de 2014 (11,3%). Nesse período, a taxa de desemprego aberto elevou-se de 9,7% para 11,2%.

Em termos absolutos, o contingente de desempregados ampliou-se em 31 mil pessoas, como resultado da redução do nível de ocupação (eliminação de 36 mil postos de trabalho, ou -2,9%) e da variação negativa da População Economicamente Ativa – PEA (saída de 5 mil pessoas da força de trabalho da região, ou -0,4%).

Entre agosto de 2014 e de 2015, o nível de ocupação diminuiu pelo décimo segundo mês consecutivo, nessa base de comparação (-2,9%). Sob a ótica setorial, tal resultado decorreu da retração na Indústria de Transformação (-16,6%, ou eliminação de 52 mil postos de trabalho) – com destaque para o segmento da metal-mecânica (-19,3%, ou -32 mil) –, parcialmente compensada pelo crescimento nos Serviços (4,3%, ou geração de 27 mil postos de trabalho) e pela relativa estabilidade no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (0,5%, ou 1 mil).

Loloian relatou o forte crescimento do Comércio em São Paulo nos últimos meses e prevê retomada até o fim do ano também no ABC. ‘’Dificilmente teremos uma curva como a de 2013, quando o número de ocupados no setor cresceu espantosamente após o primeiro semestre. Mas, há uma possibilidade da região engatar um movimento semelhante ao da capital’’, avaliou.

O assalariamento reduziu-se em 4,5% nos últimos 12 meses. No setor privado, diminuíram os contingentes de assalariados com e sem carteira de trabalho assinada (-7,4% e -4,5%, respectivamente). O emprego público expandiu-se em 18,9%. No período em análise, elevou-se o número de autônomos (4,9%) – com aumento dos que trabalham para o público (4,9%) e para empresa (5,0%) – e reduziu-se o dos ocupados nas demais posições (-4,7%).

Entre julho de 2014 e de 2015, reduziram-se os rendimentos médios reais de ocupados (-8,7%) e assalariados (-7,3%). Também contraíram-se as massas de rendimentos reais dos ocupados (-10,3%) e dos assalariados (-9,5%), em ambos os casos, devido às reduções nos rendimentos médios reais e, em menor proporção, no nível de ocupação.

Para o economista, a baixa arrecadação e a inflação podem pressionar negativamente o poder de compra dos trabalhadores nos próximos meses. ‘’Embora o ABC continue apresentando altos níveis de rendimento, é evidente que o trabalhador está começando a sentir perdas no poder de compra’’, ponderou.

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