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Pesquisa de Emprego e Desemprego - Quarta-feira, 08 de Julho de 2015

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Jovens do ABC adiam entrada no mercado de trabalho para estudar

Estudo especial apresentado no Consórcio aponta tendência de melhorias das condições de inserção na vida adulta e produtiva na região


Jovens do ABC adiam entrada no mercado de trabalho para estudar

Em 18 anos, a taxa de participação dos jovens de 16 a 18 anos, no mercado de trabalho no ABC, apresentou redução significativa, passando de 61,4%, em 1998, para 54,2%, em 2014. O resultado está associado à maior frequência escolar e ao aumento do nível de escolaridade. Os dados, divulgados hoje (8), fazem parte do Estudo Especial “Jovens, Escolaridade e Mercado de Trabalho na Região do Grande ABC”, elaborado pela Fundação Seade e Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC. O trabalho, realizado a partir das informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED ABC), analisou as condições de atividade dos jovens na faixa etária de 16 a 24 anos, comparando o biênio 1998/1999 e 2013/2014.

Segundo o estudo, as mudanças observadas nesse período, “não podem ser compreendidas sem a consideração das diferentes fases por que passaram a economia, a sociedade brasileira e as políticas econômicas e sociais”. Entre 1998 e 2003, por exemplo, o PIB paulista permaneceu praticamente estagnado; a partir de 2004 verificou-se retomada do crescimento (com exceção de 2009), que se estendeu até 2013; em 2014 registrou-se variação negativa do PIB. O período de crescimento permitiu a ampliação da oferta de trabalho, a redução nas taxas de desemprego e o aumento dos rendimentos das famílias.

Uma das constatações do estudo diz respeito às taxas de desemprego dos jovens de 16 a 24 anos, em relação a outros grupos etários, que tradicionalmente se apresentam mais elevadas, fato frequentemente relacionado à pouca ou total falta de experiência anterior de trabalho. O coordenador do estudo e economista da Fundação Seade, Alexandre Loloian, descreve o grupo entre 16 e 18 anos como a faixa mais fragilizada por conta da maior exigência de nível escolar pelo mercado.

“Os jovens têm o estigma de trabalharem em posições menores, caracterizadas pelas desvantagens originadas pela falta de experiência profissional, o que acarreta em mais trabalhos sem carteira, posições menos regulamentadas e menor remuneração. Isso pode ter deixado muitos jovens indecisos”, constatou ao analisar que, no biênio 2013 – 2014, 23,7% dos jovens de 16 a 24 anos desempregados na região não tinham experiência anterior de trabalho, proporção que se eleva para 46,8% entre os de 16 a 18 anos.

Apesar de suas altas taxas de desemprego, é possível, nesses 18 anos de pesquisa, identificar importantes mudanças de inserção dos jovens, principalmente em relação ao adiamento de sua entrada no mercado de trabalho. Esse adiamento pode ser percebido pela redução da taxa de participação das pessoas de 16 a 24 anos (de 74,7% em 1998, para 73,5% em 2014).

Na faixa etária de 16 a 18 anos, que inclui os jovens que estão frequentando o ensino médio, essa retração é ainda mais significativa: de 61,4% para 54,2%.  Alexandre Loloian, explica que os jovens estão estendendo os estudos em detrimento do ingresso ao mercado. ‘’Este é um dado que reflete a demanda do mercado por profissionais capacitados. Os jovens têm percebido isso e têm prorrogado a decisão de trabalhar antes de concluir os estudos’’, disse o economista.

Aumenta parcela de jovens que só trabalham

Entre os biênios 1998-1999 e 2013-2014, aumentou também a parcela dos jovens que se dedicam exclusivamente ao trabalho, principal condição de atividade para aqueles de 16 a 24 anos. A proporção de jovens nessa situação cresceu de 31,3% para 36,5%, no período analisado.

O padrão é diferente por subgrupo etário. A pesquisa mostra que na faixa de 16 a 18 anos aumentou fortemente a parcela dos que só estudam (de 31,2% para 39,4%) e diminuíram a daqueles que estudam e trabalham (de 23,9% para 20,5%) e, principalmente, a dos que estudam e estão desempregados (20,8% para 11,5%).

Ainda no grupo de 16 a 18 anos, em paralelo ao aumento da proporção dos que só estudam, ampliou-se também a parcela dos que não frequentam a escola (de 24,0%, em 1998-1999, para os atuais 28,6%). O fato pode se dever à ampliação das taxas de conclusão do ensino médio no período em análise, fazendo com que parte desses jovens tenham optado por parar de estudar. Conforme o estudo “esses movimentos mostram que, em determinadas condições socioeconômicas, podem coexistir segmentos específicos no interior do grupo de jovens: o daqueles que não prosseguirão com os estudos; e outro, mais amplo, dos que privilegiarão os estudos e, quando entrarem na disputa por uma ocupação, certamente terão melhores condições de obter uma boa colocação no mercado de trabalho, ao menos no que se refere ao quesito de nível de escolaridade.

Alexandre associa a ampliação da proporção de jovens de 16 a 24 anos que se dedicam exclusivamente ao trabalho à situação socioeconômica familiar. ‘’Os pontos fundamentais que podem influenciar na decisão do jovem de ingressar no mercado de trabalho prematuramente consta primeiramente de uma necessidade familiar. O seu adiamento também está ligado a esse fator: uma família com remuneração razoável incentiva o jovem a continuar os estudos’’, ponderou. Nessa faixa, os que apenas estudam cresceu de 14,5% para 17,3%, enquanto os que estudam e trabalham saltou de 19,6% para 21,0%.

Geração “nem-nem”

Outro comportamento que se destaca entre os jovens de 16 a 24 anos corresponde às mudanças verificadas no grupo dos que não estudam nem trabalham (a chamada geração "nem-nem"), uma vez que a parcela daqueles que cuidam dos afazeres domésticos diminuiu de 7,2% para 3,5% e a dos “outros” – os que vivem principalmente da renda ou da ajuda de parentes e/ou conhecidos – aumentou de 3,5% para 5,8%.

Na primeira situação, estão, principalmente, mulheres em famílias de rendimentos mais baixos, sendo que as proporções são maiores à medida que as faixas etárias aumentam. A dedicação com o cuidado da casa e dos filhos, na maioria das vezes, acaba dificultando a conciliação destas atividades com a inserção no mercado de trabalho ou a frequência à escola.

Entre os que vivem da renda ou da ajuda de parentes e/ou conhecidos, estão principalmente jovens do sexo masculino em famílias de rendimentos mais baixos. É possível que esse fato esteja associado à fase de convocação para o serviço militar obrigatório, ou, mais propriamente, ao desalento em relação aos estudos e ao trabalho.

Diminui vulnerabilidade dos jovens de famílias de baixa renda

Quando se compara a mesma condição de atividade segundo grupos de rendimento médio familiar per capita, evidencia-se a maior vulnerabilidade dos jovens de famílias de baixa renda (grupo 1) em relação àqueles de famílias com rendimento mais elevado (grupo 4). Essa comparação mostra que a distância existente entre os jovens dos grupos 1 e 4 que só estudam diminuiu consideravelmente. Se em 1998-1999 as proporções eram 13,7% e 18,2%, respectivamente, em 2013-2014 elas se aproximaram, passando a ser 18,1% e 19,9%.

Também diminuiu a distância entre os que só trabalham. Em 1998-1999, estavam nessa condição 20,6% dos jovens no grupo 1 e 33,3% no grupo 4, passando para 25,8% e 34,0%, respectivamente, em 2013-2014. Esta informação demonstra que ampliaram-se as oportunidades de ocupação para os que fazem parte de famílias mais pobres, segmento com mais dificuldades de inserção no mercado de trabalho.

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