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Pesquisa do Seade/Dieese, divulgada pelo Consórcio, aponta taxa de 8,9%, a menor desde 1998
A região do ABC registrou em janeiro a menor taxa de desemprego total para o mês desde 1998. A informação foi divulgada hoje (26), durante a apresentação da Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED ABC, realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC. “É o melhor janeiro da série histórica”, disse o economista do Dieese, Thomaz Ferreira Jensen, acrescentando que a taxa revelou também relativa estabilidade em relação a dezembro do ano passado, passando de 8,8% para os atuais 8,9%. Esse comportamento estável se repetiu pelo terceiro mês consecutivo.
Para Jensen, as análises em um ano completamente atípico como 2014 ficam prejudicadas, mas é certo que a economia sofrerá os impactos da Copa e das eleições, que influenciam as decisões do setor industrial, enquanto o cenário de juros em elevação podem postergar o consumo. “É possível que ocorra o mesmo que em 2013, com um primeiro semestre de taxa de desemprego em evolução lenta e persistente e maior recuperação no segundo semestre”, avaliou.
Em janeiro, o contingente de desempregados na região foi estimado em 126 mil pessoas, 2 mil a mais do que no mês anterior. Esse resultado decorreu da geração de 7 mil postos de trabalho (0,5%), número insuficiente para absorver as pessoas que se integraram à força de trabalho da região (9 mil, ou 0,6%).
No período de dezembro de 2013 a janeiro de 2014, a taxa de desemprego total permaneceu relativamente estável também no município de São Paulo (de 9,0% para 9,2%) e cresceu ligeiramente na Região Metropolitana de São Paulo (de 9,3% para 9,6%) e nos demais municípios da RMSP, exceto a capital (de 9,7% para 10,2%).
No ABC, o nível de ocupação cresceu 0,5% e o contingente de ocupados foi estimado em 1,288 milhão de pessoas. Houve eliminação de 20 mil postos de trabalho na Indústria de Transformação (-5,5%), mas o nível de ocupação elevou-se no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (7,8%, ou criação de 16 mil postos de trabalho) e nos Serviços (2,4%, ou 15 mil).
Segundo posição na ocupação, o número de assalariados diminuiu 1,4%. No setor privado, reduziu-se o emprego com carteira de trabalho assinada (-2,4%) e cresceu o sem carteira (2,0%). No mês em análise, o contingente de autônomos aumentou 1,7%.
Em janeiro, reduziu-se a média de horas semanais trabalhadas pelos ocupados (de 42 para 41) e assalariados (de 43 para 41). A proporção dos que trabalharam mais do que 44 horas semanais aumentou entre os ocupados (de 31,9% para 33,1%) e os assalariados (de 28,6% para 29,5%).
Entre novembro e dezembro de 2013, permaneceu relativamente estável o rendimento médio real dos ocupados (-0,2%) e diminuiu o dos assalariados (-1,4%), os quais passaram a equivaler a R$ 2.110 e R$ 1.998, respectivamente. Reduziram-se as massas de rendimentos de ocupados (-0,4%) e, com maior intensidade, a de assalariados (-2,4%). Tal resultado deveu-se, no caso dos ocupados, ao pequeno decréscimo do nível de ocupação e à relativa estabilidade do rendimento médio real e, para os assalariados, à redução do salário médio real e do nível de emprego.
Comportamento em 12 meses
Em janeiro de 2014, a taxa de desemprego total na Região do ABC (8,9%) foi menor do que a observada no mesmo mês de 2013 (9,4%). Nesse período, a taxa de desemprego aberto variou de 7,3% para 7,0%. Em termos absolutos, o contingente de desempregados reduziu-se em 2 mil pessoas, resultado da criação de 58 mil postos de trabalho, número ligeiramente superior ao de pessoas que ingressaram na força de trabalho da região (56 mil). A taxa de participação aumentou de 60,2% para 62,3%, no período analisado.
Entre janeiro de 2013 e de 2014, o nível de ocupação cresceu 4,7%, melhor desempenho dos últimos 12 meses, nessa base de comparação. Sob a ótica setorial, tal resultado decorreu dos aumentos na Indústria de Transformação (6,2%, ou geração de 20 mil postos de trabalho), nos Serviços (4,4%, ou 27 mil) e no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (3,7%, ou 8 mil).
O assalariamento total cresceu 1,7% na comparação dos últimos 12 meses. No setor privado, elevou-se o número de empregados com carteira de trabalho assinada (3,8%) e diminuiu o daqueles sem carteira (-4,6%). No período em análise, o contingente de trabalhadores autônomos aumentou em 11,9%.
Entre dezembro de 2012 e de 2013, aumentou o rendimento médio real dos ocupados (0,6%) e retraiu-se o dos assalariados (-5,7%). Elevou-se a massa de rendimentos reais dos ocupados (4,4%), em decorrência, principalmente, do crescimento do nível de ocupação. Entre os assalariados, a massa permaneceu estável, em função da ampliação do nível de emprego e da redução do salário médio real.