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Pesquisa de Emprego e Desemprego - Quarta-feira, 26 de Junho de 2013

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Desemprego no ABC tem pequeno crescimento

Economista do Dieese prevê reação positiva do mercado nos próximos meses


Desemprego no ABC tem pequeno crescimento

A taxa de desemprego total no ABC cresceu ligeiramente em maio, passando de 10,2% registrados em abril, para os atuais 10,6%. O contingente de desempregados na região foi estimado em 149 mil pessoas, seis mil a mais do que no mês anterior. O resultado decorreu do fato de as ocupações criadas (quatro mil) terem sido em número inferior ao de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho nas sete cidades (10 mil). As informações fazem parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED ABC), realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC. Os resultados de maio foram divulgados hoje (26), na sede da entidade regional, em Santo André.

A relativa estabilidade foi registrada também na Região Metropolitana de São Paulo, uma vez que, entre abril e maio, a taxa de desemprego total manteve-se em 11,4% na RMSP e 10,5% no município de São Paulo, praticamente não variando nos demais municípios da RMSP quando excluída a capital (de 12,6% para 12,5%).

A análise comparativa com o ano de 2012, fez com que a economista do Dieese, Ana Maria Belavenuto, fizesse uma previsão otimista para os próximos meses. “Considerando elementos internos, como a expectativa do mercado de crescimento da indústria em 2,3%, a série de investimentos previstos e a expectativa de crescimento do PIB para 2,7% este ano, tudo indica que a taxa de desemprego reaja nos próximos meses”, afirmou a técnica, durante a apresentação da pesquisa.

Segmentos

Segundo os principais setores de atividade econômica, o nível de ocupação elevou-se no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (6,2%, ou criação de 13 mil postos de trabalho), permaneceu relativamente estável nos Serviços (0,3%, ou 2 mil) e diminuiu na Indústria de Transformação (-3,6%, ou a eliminação de 11 mil postos de trabalho). Na análise da região como um todo, o nível de ocupação apresentou pequena variação positiva (0,3%) e o contingente de ocupados foi estimado em 1.261 mil pessoas.

Quanto à posição na ocupação, o número de assalariados cresceu 1,3% no mês em análise. No setor privado, aumentou o emprego sem carteira de trabalho assinada (2,2%) e permaneceu em relativa estabilidade o com carteira (-0,1%). Aumentou o contingente de autônomos (1,1%) e diminuiu o de empregados domésticos (-4,2%).

Entre abril e maio, não variou a média de horas semanais trabalhadas pelos ocupados (41) e assalariados (42). Já a proporção dos que trabalharam mais do que 44 horas semanais diminuiu entre os ocupados (de 32,3% para 31,1%) e os assalariados (de 29,2% para 27,7%).

Em abril, diminuiu o rendimento médio real dos ocupados (-2,5%) e elevou-se o dos assalariados (0,7%), os quais passaram a equivaler a R$ 1.961 e R$ 2.045, respectivamente. Diminuíram as massas de rendimentos de ocupados (-1,8%) e assalariados (-2,0%). Tal resultado, no caso dos ocupados, foi decorrência da redução do rendimento médio, uma vez que se elevou o nível de ocupação e, no dos assalariados, em função da redução do nível de emprego.

Comportamento em 12 meses

A taxa de desemprego total na região do ABC reduziu-se de 11,0% em maio de 2012, para 10,6%, em maio de 2013, pelo quarto mês consecutivo inferior ao mesmo período do ano passado. Nesse período, a taxa de desemprego aberto diminuiu de 9,2% para 8,3%.

Em termos absolutos, a redução do contingente de desempregados em 3 mil pessoas, foi resultado da geração de 30 mil postos de trabalho, número superior ao de pessoas que se incorporaram à força de trabalho da região (27 mil). A taxa de participação elevou-se de 61,6% para 62,4%, no período analisado.

Entre maio de 2012 e de 2013, o nível de ocupação cresceu 2,4%, desempenho semelhante ao do mês anterior, nessa base de   comparação. Sob a ótica setorial, tal resultado decorreu do aumento do contingente de ocupados nos Serviços (8,6%, ou criação de 53 mil postos de trabalho) e no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (7,2%, ou 15 mil), enquanto na Indústria de Transformação houve redução (-11,6%, ou -39 mil).

O assalariamento total aumentou 2,0% na comparação de 12 meses. No setor privado, elevou-se o número de empregados com carteira de trabalho assinada (4,1%) e retraiu-se fortemente o daqueles sem carteira (-16,7%). No período em análise, aumentou o número de autônomos (3,3%).

Entre abril de 2012 e de 2013, cresceram os rendimentos médios reais de ocupados (3,6%) e assalariados (5,3%). Também se expandiram as massas de rendimentos reais dos ocupados (5,6%) e dos assalariados (5,5%), em ambos os casos, devido à elevação do nível de ocupação e, principalmente, do rendimento médio real.

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