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Indústria química do ABC é responsável por 13,7% do faturamento nacional do setor, revela pesquisa

Consórcio participa de apresentação do estudo inédito, em Santo André


Indústria química do ABC é responsável por 13,7% do faturamento nacional do setor, revela pesquisa

O faturamento da indústria química no Grande ABC é de R$ 49,5 bilhões por ano, o que representa 13,7% da indústria química brasileira. São 1.330 empresas que empregam 50.169 pessoas na região. O salário médio é de R$ 3.038,00, valor 2,3 vezes maior do que a média da indústria de transformação no Brasil. O Valor Adicionado Fiscal é de R$ 10,2 bilhões (2011), o que contribui para o desenvolvimento econômico. Os dados são da pesquisa “A importância da indústria química para o desenvolvimento econômico do Grande ABC” divulgada hoje (6) pela Braskem e pela consultoria Maxiquim.

A pesquisa contou com apoio do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e da Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade do Setor Químico e Plástico. O presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, participou da divulgação, ocorrida em Santo André.

Apesar da importância da indústria na região, a pesquisa destaca que o setor vem perdendo produtividade e representatividade nos últimos dez anos, já que tem crescido em ritmo mais lento do que a média brasileira.

“O estudo deixa bem claro que a indústria química da região, que é uma cadeia industrial complexa, tem participação muito importante no contexto brasileiro. A questão da competitividade do setor deve ser debatida para que seja uma oportunidade para crescer”, afirmou o sócio da Maxiquim, João Luiz Zuñeda, que fez a apresentação da pesquisa.

O presidente do Consórcio, Luiz Marinho, destacou a importância do estudo para a tomada de decisões. “É fazer a provocação de quais soluções devemos ter para preservar e retomar o processo de crescimento e recuperação do espaço perdido no segmento. Estamos provocando o parque industrial para as novas oportunidades de atuação no polo da indústria de defesa e no fornecimento ao setor do petróleo e gás.”

Para o secretário executivo da Agência, Giovanni Rocco, “a pesquisa traz informações de qualidade para a tomada de decisões mais assertivas e de proatividade no gerenciamento dos desafios”. Rocco também ressaltou o trabalho de qualificação profissional com o Pronatec Brasil Maior, a qualidade da mão de obra da região e os projetos para o fortalecimento e o aumento da competitividade de micro e pequenas empresas na região.

O vice-presidente da Unidade de Petroquímicos Básicos da Braskem, Marcelo Cerqueira, falou sobre a importância de trabalhar em cadeias. “Acreditamos em modelos de cadeias produtivas em que existe o alinhamento entre empresários, os diferentes segmentos e a base da petroquímica e da química, com alinhamento também do poder público.”

O presidente da Frente Parlamentar, deputado federal Vanderlei Siraque, afirmou que a pesquisa é uma das mais aprofundadas sobre o setor e falou da necessidade de envolvimento do governo estadual. “Faltam incentivos no Estado de São Paulo e estamos perdendo oportunidades para outros Estados do país”, defendeu.

O estudo demonstra alto impacto das indústrias da região no cenário brasileiro, com concentração de segmentos: 63% da indústria de tintas e vernizes, 45% de transformação de borrachas, 33% de produtos de limpeza doméstica e 24% de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos.

Também destaca a alta concentração de micro e pequenas empresas, que somam 91,8% das empresas no Grande ABC. As médias empresas representam 16% e as grandes, 1,1%.

 

(Com informações da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC)

Foto: Wilson Magão/PMSBC

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